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domingo, 13 de novembro de 2022

APÓS CRITICAR JANJA, JORNALISTA DA GLOBO É ACUSADA DE MACHISMO

Eliane Cantanhêde disse haver um incômodo com o “excesso de espaço” da mulher de Lula na transição.

Um comentário da jornalista  Eliane Cantanhêde , analista política da GloboNews e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, gerou polêmica nas redes sociais após ela dizer no programa 'Em Pauta' que haveria um incômodo com o "excesso de espaço" que a futura primeira-dama, Rosângela Silva , a Janja , "vem ocupando".

Logo depois da fala da jornalista, que chegou a comparar Janja com outra primeiras-damas de gestões anteriores, ela foi acusada de machismo por congressistas, celebridades e usuários das redes sociais.

No comentário, Cantanhêde questionou por que Janja esteve sentada ao lado de Lula (PT), do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante encontro com aliados na quinta-feira (10), no CCBB, em Brasília. 

“Ela estava ali sentada, mas ela não é presidente do PT, ela não é líder política, ela não é presidente de partido, enfim, por que ela estava ali? Qual era o papel da primeira-dama?”, disse a jornalista ao vivo.

Cantanhêde, em seu comentário, apontou que Ruth Cardoso (1930-2008), mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como um bom exemplo de primeira-dama.

“Como a Janja, [Ruth] tinha o brilho próprio. Era professora universitária. Uma mulher super respeitada na área dela e cuidado da comunidade solidária, mas ela não tinha protagonismo, ela não tinha voz nas decisões políticas. Se tinha, era a 4 chaves dentro do quarto do casal. Ou seja, já incomoda, sim, porque ela [Janja] vai começar a participar de reunião, já vai dar palpite e daqui a pouco, ela vai dizer ‘esse aqui vai ser ministro, esse aqui não pode’. Isso dá confusão. Se é assim na transição, imagina quando virar primeira-dama”, afirmou Cantanhêde.

Fonte: iG Último Segundo

Foto: Reprodução

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