Resultado é influenciado por nova onda de contágio no continente europeu, aponta a Organização Mundial da Saúde.
O mundo bateu o recorde diário de 350.766 casos de Covid-19 nesta sexta-feira (9), superando as maiores marcas até então, registradas na quinta-feira (338.779) e no último dia 2 (330.340). Além disso, 6.339 mortes ocorreram em 24 horas ao redor do planeta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tais recordes negativos têm relação com a nova onda que ocorre no continente europeu, sendo que hoje foram registrados 109 mil novos infectados, o maior número desde o surgimento da doença. Apesar da ascenção da Europa e do terceiro lugar em continentes mais afetados, a América é responsável por grande parcela destes contaminados, sendo que já totaliza 17.512.753.
Os países líderes no ranking de contaminação são: Estados Unidos, Índia, Brasil, Rússia, Colômbia e Espanha.
O especialista de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Michael Ryan, disse na última segunda-feira (5) que as "melhores estimativas" da agência indicam que cerca de uma em cada dez pessoas em todo mundo pode ter sido infectada pelo novo coronavírus, e alertou para um período difícil pela frente.
Falando em uma sessão especial do Conselho Executivo de 34 membros da OMS em foco na Covid-19, Ryan disse que os números variam de áreas urbanas às rurais e entre grupos diferentes, mas que significa que "a maioria do mundo continua em risco." Ele afirmou também que a pandemia continuará a evoluir, porém existem ferramentas para suprimir a transmissão e salvar vidas.
"Muitas mortes foram evitadas e muitas outras vidas podem ser protegidas", disse Ryan. Ele estava ao lado do Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que minutos antes fez um momento de silêncio para homenagear as vítimas, bem como uma salva de palmas para os profissionais da saúde que se empenharam em salvá-las.
"A doença continua a se espalhar. Está aumentando em muitas partes do mundo", disse Ryan aos participantes. "Nossas melhores estimativas atuais nos dizem que cerca de 10% da população global pode ter sido infectada por esse vírus.", completou.
A estimativa, que totalizaria mais de 760 milhões de pessoas com base em uma população mundial de aproximadamente 7,6 bilhões, ultrapassa em muito o número de casos confirmados registrados pela OMS e pela Universidade Johns Hopkins, agora com mais de 35 milhões em todo o mundo. Os especialistas afirmam que o número de casos é muito inferior ao número verdadeiro.
A Dra. Margaret Harris, porta-voz da OMS, disse que se baseou em uma média de estudos de anticorpos realizados em todo o mundo. Ela disse que como cerca de 90% das pessoas que permanecem sem infecção, significa que o vírus tem "oportunidade" de se espalhar ainda mais caso medidas necessárias não sejam tomadas.
Tedros, durante seus comentários, disse: "O que aprendemos em todas as regiões do mundo é que com uma liderança forte, estratégias claras e abrangentes, comunicação consistente, uma população engajada e capacitada, nunca será tarde de mais. Todas as situações podem ser revertidas, e os ganhos conquistados com dificuldade podem ser facilmente perdidos." O diretor-geral disse ainda que a pandemia destaca a importância fundamental de investir na saúde pública e na atenção primaria à saúde.
Fonte: SBT
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