Corte afirmou que sistema eletrônico de votação é reconhecido em todo o mundo e que investigará qualquer evidência de irregularidade.
Em nota publicada nesta terça-feira (10/3), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebate as acusações do presidente Jair Bolsonaro sobre fraude nas eleições. A Corte afirmou que ao "longo de mais de 20 anos", da utilização do sistema eleitoral, não "foi constatado sequer uma fraude".
A nota foi redigida de forma conjunta pelos ministros que integram a Corte. No texto, o Tribunal destaca que "reafirma a absoluta confiabilidade e segurança do sistema eletrônico de votação". Ainda de acordo com o Tribunal, qualquer prova que indique falhas no sistema de votação será alvo de investigação.
"Naturalmente, existindo qualquer elemento de prova que sugira algo irregular, o TSE agirá com presteza e transparência para investigar o fato. Mas cabe reiterar: o sistema brasileiro de votação e apuração é reconhecido internacionalmente por sua eficiência e confiabilidade", diz um trecho do texto.
O TSE ainda ressaltou que atua para repelir qualquer tipo de erro nas eleições. "Eleições sem fraudes foram uma conquista da democracia no Brasil e o TSE garantirá que continue a ser assim", completa o texto.
Vitória no primeiro turno
Jair Bolsonaro foi eleito em segundo turno, após disputar as eleições com o então candidato Fernando Haddad (PT). O vencedor obteve 57 milhões de votos, e Haddad, 47 milhões. Na segunda-feira (9/3), em viagem aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ganhou as eleições em primeiro turno, e que tem provas de fraudes no sistema de votação.
“Eu acredito pelas provas que tenho nas minhas mãos, que vou mostrar brevemente. Eu fui eleito em primeiro turno, mas no meu entender houve fraude. Nós temos não apenas uma palavra… Nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar, porque nós precisamos aprovar no Brasil um sistema seguro de apuração de votos. Caso contrário, passível de manipulação e de fraudes“, disse ele, sem apresentar qualquer tipo de documento.
Fonte: Renato Souza/Correio Braziliense
Foto: Ricardo Moraes/AFP
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