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sexta-feira, 22 de junho de 2018

BRASIL PRECISA AUMENTAR EM 62% INVESTIMENTOS EM SANEAMENTO.

Investimento insuficiente continua sendo o maior vilão para a ampliação da cobertura.

O investimento insuficiente continua sendo o maior vilão para a ampliação da cobertura por redes de esgoto no Brasil. Nos últimos oito anos, a média de recursos aportados no setor foi de R$ 13,6 bilhões. Para alcançar a universalização em 2033, conforme estabelece o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), seria necessário ampliar em 62% o volume de investimentos para um patamar de R$ 21,6 bilhões anuais. É o que mostra o estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Saneamento Básico: uma agenda regulatória e institucional, que integra uma série de 43 trabalhos sobre temas estratégicos que a CNI entregará aos candidatos à Presidência da República.
Na avaliação da CNI, a meta do Plansab – que a cada ano tem se tornado mais distante – só se tornará possível caso o próximo governo priorize a agenda de saneamento básico. “Caso sejam mantidos os níveis recentes de investimento, a universalização dos serviços será atingida apenas após 2050, com cerca de 20 anos de atraso”, alerta a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg.
De acordo com o estudo, a experiência internacional sugere que a parceria com o setor privado tem sido fator fundamental para a expansão e aumento da qualidade dos serviços de saneamento. As concessões e as parcerias público-privadas (PPPs) no setor, no entanto, ainda esbarram em uma série de resistências, a maior parte relacionada aos mitos de que o setor privado só atua em grandes municípios e de que as tarifas privadas são significativamente superiores.
“A ideia de que o setor privado atua somente em cidades de grande porte é absolutamente equivocada. Cerca de 72% dos municípios em que há participação privada são compostos por até 50 mil habitantes. Assim como também é mito a ideia de que a participação privada gera aumento significativo das tarifas: o setor privado pratica tarifas de cerca de 11 centavos acima das tarifas observadas nas companhias estaduais”, destaca o trabalho da CNI.

Fonte: Agência CNI/Portal No Ar

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