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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

quinta-feira, 3 de maio de 2018

"O POTENCIAL REALMENTE É EXPLOSIVO", DIZ MPF APÓS OPERAÇÃO CONTRA DOLEIROS.

Um total de 33 mandados de prisão foram cumpridos em desdobramento da Lava-Jato no Rio.

O Ministério Público Federal (MPF) informou que a Operação "Câmbio, desligo", um desdobramento da Lava-Jato no Rio deflagrada nesta quinta-feira, é 'talvez a maior operação de combate à lavagem de dinheiro desde a Operação do Banestado", escândalo descoberto em 2003 que envolvia remessas ilegais de dinheiro ao exterior. Na operação de hoje, foram Ao todo, foram expedidos 49 mandados de prisão preventiva (por prazo indeterminado) e quatro de prisão temporária (cinco dias) no Brasil e no exterior. Esse foi a maior operação da Lava-Jato do Rio em número de prisões. Até o meio-dia, 33 mandados de prisão haviam sido cumpridos, sendo 13 no Rio e 3 no Uruguai.
Essa talvez seja a maior operação de combate à lavagem de dinheiro desde a operação do Banestado. Se pensarmos que a Operação Lava-Jato em 2014 começou com a colaboração de um doleiro, podemos prever o que será dessas prisões dos doleiros que estão sendo feitas hoje. O potencial realmente é explosivo. Temos provas substanciais contra todos eles. A peça está bem robusta. Esperamos que, no futuro, tenhamos outros desdobramentos da operação de hoje, afirmou o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no Rio, Eduardo El Hage.
A operação desta quinta-feira foi deflagrada a partir da delação dos doleiros Vinicius Claret, o Juca Bala, e Claudio Barbosa, o Tony, que estavam presos desde março do ano passado por envolvimento no esquema do ex-governador Sérgio Cabral. Eles foram soltos nesta quinta-feira.
— Essa operação abre portas para entrar em um universo desconhecido. A gente entrou na essência de todos os operadores financeiros, na primeira camada de operadores financeiros de várias organizações criminosas — afirmou o procurador Rodrigo Timóteo durante a coletiva de imprensa. — Podem ter outros políticos, outros empresários... Existe muito a ser investigado — completou o procurador.
No sistema que os doleiros desenvolveram para controlar as transações, estão relacionadas mais de 3 mil offshores, com contas em 52 países, e transações que somam maisde US$ 1,6 bilhão. Agora, o MPF quer identificar os donos dessas offshores. Para isso, já deu início a cooperação jurídica com paraísos fiscais para saber quem eram os donos do dinheiro movimentado pelos doleiros.
— Só por meio dos acordos de cooperação jurídico internacional é que a gente vai saber que está por trás de cada uma dessas mais de 3 mil contas. Nós chegamos à primeira camada — afirmou El Hage. — Acreditamos que muitos nomes dessas contas que são meros nomes de offshores terão pessoas politicamente expostas assim que conseguirmos esses nomes — completou.

Fonte: Juliana Castro/O Globo
Foto: Juliana Castro/Agência O Globo

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