Nesta sexta-feira (4/4), o painel que abriu terceiro dia do 36º Congresso Nacional dos Jornalistas, em Maceió (AL), abordou o tema "Jornalismo Novo ou Novas Plataformas". O debate questionou a evolução da internet na comunicação e das mídias sociais, e como isso tem afetado a cobertura jornalística.
Participaram do encontro Ascânio Seleme, diretor de redação de O Globo; Edgar Rebouças, professor e coordenador do Observatório de Mídia da Universidade Federal do Espírito Santo; e Luís Nassif, jornalista, escritor e blogueiro.
Seleme abriu os trabalhos com a palestra intitulada "O excesso que não ilumina". "Hoje a velocidade da informação é muito maior. Se há 15 anos nos concentrávamos em qual seria a grande reportagem de capa, agora temos uma infinidade de grandes notícias sendo veiculadas na capa de nosso portal", discursou.
Na sequência, Rebouças apresentou o tema "Para além da opinião", refletindo com a audiência questões como "Quem lê tanta notícia?", "Para onde está indo tanta informação que é produzida por todas as mídias?”. "Tem muita gente que sai na rua com um celular, registra um fato qualquer, escreve sobre ele e depois acha que isto o torna um jornalista. Isto é um grande equivoco, para ser jornalista precisa ter qualificação", argumentou.
Por fim, Nassif subiu ao palco para falar de "Nova plataforma; não um novo jornalismo", sobre como usar o avanço da tecnologia à favor da informação. "Agora nós apuramos uma informação com muito mais velocidade, o que antes levávamos um dia agora podemos fazer em meia hora. Claro que tudo precisa ser checado com responsabilidade, mas essas novas plataformas são extraordinárias para o jornalismo", disse.
O Congresso Nacional dos Jornalistas acontece até o próximo domingo (6/4). O tema da edição deste ano é "O Jornalismo, o Jornalista e a Democracia". A programação completa pode ser conferida aqui.
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