Digamos que em janeiro de 2011, ao tomar posse, Dilma Rousseff tivesse 55,7 milhões de votos, uma fama de supergerente, um mandato novinho em folha, um padrinho chamado Lula, e a vida lhe sorrisse. O último Datafolha indica que a situação dela, hoje, é a seguinte: precisa verificar, rapidamente, se pode mesmo contar com Lula. O apoio dele talvez seja a única coisa sólida que lhe restou.
A seis meses da eleição presidencial, 63% dos brasileiros acham que Dilma saiu-se pior do que a encomenda. Fez menos do que esperavam dela. E 72% desejam que o próximo presidente adote ações diferentes das de Dilma. Repetindo: sete em cada dez brasileiros querem algo novo no Planalto a partir de 2015. Nem que seja uma Dilma com penteado renovado. A última vez que o país desejou tanto uma mudança (76%) foi no ocaso da Era FHC, em 2002. Naquela época, deu em Lula.
Quem está mais preparado para fazer mudanças no Brasil?, perguntaram os pesquisadores do Datafolha. Lula, responderam 32% dos entrevistados. Marina, 17%. Dilma, 16%. Aécio Neves, 13%. Eduardo Campos, 7%. Suprema ironia: após vender Dilma em 2010 como a melhor continuidade de si mesmo, Lula tornou-se o não-candidato favorito a protagonista da mudança. É como se um pedaço do eleitorado o intimasse a corrigir o próprio erro.
Não é difícil deduzir o que seria das pretensões de Dilma se o padrinho dela dissesse à turma do “volta Lula” um singelo “eu topo”. A recandidatura de Dilma viraria poeira instantaneamente. Desde o final de fevereiro, Dilma caiu seis pontos no Datafolha. De 44% foi a 38%. Aécio Neves manteve-se no mesmo patamar: 16%. Eduardo Campos oscilou um ponto para o alto: de 9% para 10%. No cenário em que seu nome substitui o de Dilma, Lula belisca 52%. Aécio, 16%. Campos, 11%.
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