O Ministério do Trabalho tornou públicos na quarta-feira (9) e-mails enviados por jornalistas que procuraram a assessoria de comunicação da pasta para obter informações para reportagens que ainda estavam em andamento.
Na noite de quarta, a assessoria publicou em um blog que é acessado por meio do site do ministério um e-mail enviado pela Folha para esclarecer dúvidas para uma reportagem.
Os questionamentos foram divulgados antes de a reportagem ser veiculada.
A assessoria do ministério disse que a medida tem o "objetivo de levar mais transparência aos questionamentos feitos pela imprensa". Afirmou ainda que foi uma decisão do ministro, Carlos Lupi.
REPÚDIO
Entidades de imprensa condenaram a estratégia da pasta. Por meio de nota, a ANJ (Associação Nacional de Jornais) afirmou que "é evidente o propósito do ministério de constranger o livre exercício do jornalismo".
Para a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), "a medida prejudica o trabalho jornalístico do profissional que, de boa fé, procura o governo para checar dados ou ouvir alguma contestação para compor o trabalho de apuração".
O presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Celso Schröder, afirmou que ministério encontrou "uma maneira ruim de lidar com seus incômodos em relação à imprensa".
Em 2009, quando era alvo de uma CPI no Congresso, a Petrobras adotou a mesma estratégia e tornou públicos, também em blog, e-mails enviados por jornalistas.
Entidades de imprensa também repudiaram a medida, que foi cancelada pela empresa.
Fonte: blog da Gláucia Lima
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