Na decisão que condenou os sete envolvidos no Foliatur, o escândalo de fraudes licitatórias ocorrido no Governo Wilma de Faria, o juiz Ibanez Monteiro relatou como era operacionalizado o Foliatur.
O dinheiro, gerado a partir das licitações e notas fiscais falsas, era usado para pagar dívidas de shows e custear viagens dos integrantes da Secretaria Estadual de Turismo. O depoimento de Fabiano Motta, empresário que emitia as notas fiscais, mostrou que o primeiro contato com ele para o Foliatur começou no terceiro ano do primeiro mandato de Wilma de Faria.
No início de 2005, Roberto de Paula, que era chefe de Finanças da Secretaria Estadual de Turismo, procurou Fabiano Motta porque precisava “pagar uma dívida de Alex Padang (empresário de bandas musicais)”. Em seguida, Fabiano continuou sendo contactado por Roberto de Paula que agia para realizar os processos licitatórios sempre abaixo de R$ 8 mil (para garantir a dispensa de licitação).
No depoimento ao Ministério Público, Fabiano disse que o dinheiro do Foliatur era usado para “ratear entre pessoas da Secretaria quando estas fossem viajar”. Fabiano Motta chega a dizer que um dos beneficiários era Arnaldo Saint Brisson, então secretário adjunto de Turismo.
Fonte: Panorama Político
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