O vice-governador Robinson Faria acusou o senador José Agripino de tentar rachar a base governista. O artifício para isso seria a ação de impugnação que o senador do DEM impetrou contra o registro de criação do PSD no Rio Grande do Norte.
Veja a entrevista na íntegra que Robinson Faria concedeu, no início da noite de ontem, ao deixar a residência oficial da governadora Rosalba Ciarlini.
Como o senhor avalia a reunião da bancada do PSD com a governadora?
O balanço é de tranquilidade. Não há nenhuma crise da bancada com a governadora. Vieram os seis estaduais, fábio não feio, mas eu represento, já que ele está viajando. Viemos na integridade e todos falaram uma só linguagem, um só sentimento em que ficou claro que esses últimos acontecimentos proporcionados pelo presidente do partido, senador José Agripino, não abala, não afeta nossa relação política e administrativa com a governadora Rosalba. Deixamos claro isso para ela. A normalidade permanece e que o projeto político nosso é o mesmo do início do governo, até mais fortalecido agora com a chegada do deputado Gustavo Carvalho e outros que virão para se somar ao PSD.
Qual a postura do PSD do Rio Grande do Norte em relação ao senador José Agripino Maia?
Eu prefiro falar por mim. Minha postura é de total indignação. Isso aí eu não vou recuar. Acho que não merecia a natureza das ações que ele entrou contra o PSD. Como presidente sou responsável pelo PSD para responder juridicamente, muito embora todos tenham sido atingidos. Acho que foi de uma virulência muito grande as ações. Extrapolou o lado de uma logística um pouco mais racional, para algo de caráter pessoal porque ele me acusa de distribuição de cestas básicas. Até porque, ele sabe disso, o partido está com uma aceitação enorme, não há necessidade de simpatizantes em troca de favores. O partido não tem a necessidade, esse tipo de recurso para acontecer nos municípios. Ele me enquadrou em dois tipos de delito que foram muito pessoais que não estão acontecendo nem nos demais Estados. O mais estranho de tudo isso é a falta de desarmamento de espírito dele. Esse grupo foi o que ele foi buscar para eleger senador em 2010. O PSD é a continuação do PMN que ele tanto se interessou em trazer para votar nele e em Rosalba. Então agora já não presta mais, só prestava quando era na eleição? Esse grupo já não é tão interessante? Ele está tentando nos tirar o direito de ter uma legenda no Rio Grande do Norte para continuar nossa caminhada e fortalecer Rosalba. Ele quer tirar esse direito nosso. Ele não reconhece que há pouco tempo fomos eleitores dele? Esse mandato de oito anos não dá o direito de ter o desprendimento ou o dever de ter o desprendimento e nessa hora ser um diplomata, procurando harmonizar. Ele está tentando provocar um racha no sistema de Rosalba. Mas ele não vai conseguir porque nós separamos e entendemos que a governadora Rosalba não teve nenhuma participação nesse episódio. Está claro que ela não teve participação, nem os deputados do DEM foram escutados. Foi algo unilateral do senador José Agripino, o que evidencia sua má vontade conosco.
O senhor se sente traído pelo senador José Agripino?
Eu sinto que houve uma grande ingratidão da parte dele com Robinson e dos demais companheiros do PSD que eu levei para votar nele.
Fonte: Anna Ruth Dantas
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