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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

HUGO MOTTA COMPRA APARTAMENTO AVALIADO EM ATÉ R$ 125 MIL, E TRANSAÇÃO LEVANTA SUSPEITAS DE IRREGULARIDADE, DIZ UOL

Um apartamento de alto padrão, localizado em uma das áreas mais valorizadas de João Pessoa, foi vendido por apenas R$ 125 mil para uma empresa ligada à família do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB). O imóvel, avaliado entre R$ 3,8 milhões e R$ 5 milhões, teve a transação registrada em janeiro de 2025, semanas antes de Motta assumir a presidência da Casa.

A denúncia foi publicada por Natália Portinari, do portal UOL, com base em documentos oficiais e registros imobiliários. A diferença entre o valor declarado e o valor real de mercado levanta sérios indícios de irregularidade e chamou a atenção de especialistas em direito e finanças públicas.

A compra foi feita pela empresa Medeiros & Medeiros Ltda, cujo quadro societário inclui a esposa e os filhos do deputado. A vendedora foi a Construtora Massai, uma das maiores da Paraíba. Questionada, a empresa afirmou ter recebido o valor por uma fração do terreno, e não pelo apartamento. A justificativa, no entanto, não se sustenta, já que a transação ocorreu após a conclusão do prédio, inaugurado em 2023.

Pior: menos de um ano antes, em fevereiro de 2024, o mesmo imóvel havia sido comprado pela construtora por R$ 1,7 milhão. Hoje, unidades no mesmo edifício chegam a ser anunciadas por até R$ 7,5 milhões.

Para o professor Thiago Bottino, da FGV, a prática é indício clássico de ocultação de valor real. “Declarar valor abaixo do mercado pode configurar tentativa de lavagem de dinheiro. O imposto pago sobre o valor venal, e não sobre o valor declarado, reforça essa suspeita”, explicou ao UOL.

Silêncio e falta de explicações

A reportagem do UOL afirmou ter procurado Hugo Motta diversas vezes, por telefone, mensagem e por meio da assessoria de imprensa. Até a publicação, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

Enquanto isso, a operação segue sob olhar atento de analistas, juristas e órgãos de controle, diante de um caso que mistura poder político, patrimônio incompatível e silêncio constrangedor. 

Fonte: Notícia Certa PB

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