Escolhida pelo presidente Lula para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a procuradora de Justiça de Alagoas Maria Marluce Caldas Bezerra tem travado uma guerra judicial com uma advogada pernambucana, conhecida pelo perfil combativo nas redes sociais, que vem atacando reiteradamente a sua indicação.
Tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), Maria Marluce já entrou com cinco ações para censurar Adriana Mangabeira, pecuarista, advogada tributarista e dona de um portal de notícias que publicou uma série de reportagens críticas à nomeação.
A procuradora também tenta bloquear o perfil de Adriana no Instagram (seguido por 25,8 mil pessoas), remover postagens consideradas difamatórias, cobrar indenização por danos morais — e até impedi-la de lhe chamar de “incompetente”.
Maria Marluce ainda precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e ser aprovada pelo plenário da Casa para assumir a vaga destinada a representante do Ministério Público no STJ, o que deve ocorrer sem dificuldades neste segundo semestre.
Nas postagens contestadas por ela, Adriana afirmou que sua indicação está “ligada a interesses escusos”, dá “sinal verde para que a justiça brasileira siga sendo loteada como moeda de troca política” e faz parte de um “acordão” selado entre o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o clã Caldas.
De fato, após meses de impasse e de articulação nos bastidores, os três grupos se uniram pela escolha da procuradora, antecipando a discussão sobre a formação de palanques para as próximas eleições, conforme informou o blog.
Mas, para aliados de Maria Marluce, a advogada usa as redes sociais para se promover, buscar vitrine política, atacar e perseguir adversários, como a procuradora e o prefeito de Maceió (AL). Eles também apontam que Adriana é alvo de uma série de processos judiciais, o que colocaria em xeque a sua credibilidade em atacar a procuradora.
Filiada ao PSD, Adriana disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Distrito Federal em 2022, quando declarou à Justiça Eleitoral um conjunto de bens que somam R$ 77 milhões — mas só obteve 349 votos.
Fonte: Politizando Alagoas
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