Corpo da menina de 2 anos intriga visitantes há mais de um século na Sicília
A aparência intacta da pequena, vítima de pneumonia em 1920, desperta mistério e curiosidade. Muitos acreditam até hoje que seus olhos se abrem e fecham, dando a impressão de que ela ainda está viva.
O segredo dessa conservação impressionante só foi revelado décadas depois, quando especialistas descobriram as anotações do médico que realizou o embalsamamento.
O pai que não aceitou a perda
A morte da filha foi um golpe duro para Mario Lombardo. Incapaz de lidar com a dor, ele decidiu preservar a pequena Rosália. Para isso, procurou o químico Alfredo Salafia, que usava uma técnica inovadora de embalsamamento para a época.
Salafia desenvolveu uma fórmula que se mostrou única. Ao aplicar uma injeção com mistura de glicerina, formalina, sais de zinco e ácido salicílico, conseguiu impedir que o corpo se deteriorasse, mantendo-o em estado quase intacto.
Após o processo, Rosália foi levada para a Capela dos Meninos, nas Catacumbas dos Capuchinhos, em Palermo. Desde então, permanece lá como um dos corpos mais preservados da história, atraindo visitantes do mundo todo.
A ilusão que assusta visitantes
A conservação perfeita de Rosália deu origem a relatos curiosos. Alguns visitantes afirmaram ter visto seus olhos abrirem e fecharem, como se ela piscasse lentamente, aumentando ainda mais a aura de mistério ao redor da múmia.
O fenômeno, no entanto, foi explicado por especialistas. Segundo Dario Piombino-Mascali, curador das Catacumbas, em entrevista ao Gizmodo Internacional, “é uma ilusão de ótica produzida pela luz que filtra pelas janelas laterais, que durante o dia está sujeita a alteração”.
Assim, dependendo da posição do observador e da incidência da luz, o olhar de Rosália parecia se mover. Essa impressão alimentou lendas e histórias sobre a “menina que ainda estava viva”, atraindo cada vez mais curiosos.
Fonte: Gabriela Barbosa/Gazeta SP
Foto: Reprodução/Youtube
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.