Todos sabem o que é preciso. Mas, por enquanto, ninguém parece disposto a fazer o básico e necessário — negociar.
Há três semanas, por ampla maioria, deputados e senadores anularam decretos de Lula com alterações nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras.
Argumentaram com a necessidade de corte de despesas públicas em lugar de novos aumentos de impostos.
O governo insiste em mudanças no IOF e seguindo a trilha de um partido aliado, o Psol, resolveu recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
O STF evitou arbitrar, preferiu marcar para a próxima terça-feira (15/7) uma “audiência de conciliação”.
Governo e Congresso demonstram intransigência — no caso, sinônimo de incompetência —, ao transferir à Justiça a resolução de um impasse essencialmente político sobre a administração do orçamento público numa temporada eleitoral.
A reunião de ontem foi exemplar sobre a incapacidade do governo e do Congresso em conciliar equilíbrio político e racionalidade técnica na gestão das contas públicas.
Aparentemente, todos sabem o que é preciso. Mas, por enquanto, ninguém parece disposto a fazer o básico e necessário — negociar. Preferem usar o Judiciário, receita de antipolítica.
Fonte: José Casado/Veja
Foto: Sergio Moraes/Reuters/Veja

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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.