Justiça considerou necessário manter prisão para evitar mais prejuízos ao município
Ao negar o pedido, o relator do caso, desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva destacou que a manutenção da prisão preventiva do secretário é fundamental, visto que “a ordem pública estaria resguardada com a prisão preventiva do representado para se evitar a reiteração de condutas criminosas dessa natureza (contra a Administração Pública), já que ele é o Secretário Municipal e foram demonstrados indícios de frustração de procedimentos licitatórios em mais de uma oportunidade, todos envolvendo os empresários alvos desta investigação”.
Ainda, a defesa de Isaac tentou lançar a mesma tese que anulou as decisões da Operação Laços Ocultos que revelou esquema de fraudes em licitação em Amambai (comandada pelo vereador do PSDB, Valter Brito da Silva). Naquele processo, advogado de um dos investigados afirmou que operações comandadas pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) devem ficar nas mãos de uma das Varas Criminais de Campo Grande.
No entanto, o magistrado considerou que o outro caso – o qual ele também foi o relator – é diferente. “Nesta fase processual, resta impossível aplicar o entendimento firmado naquela ocasião, por várias razões”. Acrescentou, ainda, que o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recorreu daquela decisão.
Contudo, em documento anexado ao processo, Isaac pede a desistência da ação. Ainda, por ocasião da mudança de advogado, que deve tentar nova estratégia para tirar o secretário da prisão.
Dessa forma, nesta terça-feira (20), o secretário completará uma semana preso. Apesar de preso, ele ainda permanece no cargo de confiança do prefeito tucano.
A reportagem do Jornal Midiamax questionou o prefeito Henrique Budke sobre exoneração de Isaac, mas não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: Gabriel Maymone/Mídia Max UOL
Foto: Nathália Alcântara/Jornal Midiamax
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