Com isso, quem depende da Unicat e não consegue acesso aos fármacos, precisa recorrer a compras com recursos próprios. Em outros casos, os pacientes ficam sem a medicação, por indisponibilidade dos remédios nas farmácias. Atualmente, cerca de 70 mil potiguares encontram-se com cadastro ativo para recebimento de medicamentos na unidade. Na tarde desta segunda-feira (11), havia 114 medicamentos disponíveis. Kléber Lomonte, assessor técnico do Cosems, chama a atenção para os impactos da falta de remédios, que, além de afetar a população, provoca reflexos também nas contas dos municípios.
“O paciente paga a conta porque deixa de tomar o medicamento de forma correta. Ele é o maior prejudicado. Mas a conta também recai sobre as prefeituras, que ficam, muitas vezes, sobrecarregada com impactos financeiros, uma vez que os beneficiados costumam judicializar a questão, onerando os municípios ainda mais, quando estes são obrigados a fornecer assistência nesse sentido”, discorre Lomonte. “A falta [dos remédios] se dá por falha estadual e federal, entes responsáveis por essa dispensação. Portanto, falta planejamento”, acrescenta.
Canindé Santos, presidente do Conselho Estadual de Saúde, concorda que falta integração para evitar o desabastecimento. “É algo recorrente, onde nós temos um número presumível da população que faz uso desses medicamentos. E a gente sabe que há um aumento desse número a cada ano, até porque não há uma assistência dos serviços públicos, o que afeta o adoecimento crônico da população”, pontua.
Ele alerta para os efeitos da falta de acesso aos medicamentos. “Isso gera o adoecimento das pessoas e pode provocar óbitos, inclusive. Então, há um descompasso e uma soma de problemas, onde a falta de planejamento é um deles. Claro, a gente não pode deixar de reconhecer as dificuldades financeiras pelas quais passam o Estado e o País, mas há todo um trabalho que precisa ser perene e contínuo para não deixar chegar a esta situação”, aponta
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Fonte: Tribuna do Norte
Foto: Magnus Nascimento
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