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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

terça-feira, 12 de março de 2024

ENTIDADES: FALTA REMÉDIOS E FALHA NO PLANEJAMENTO

A indisponibilidade de quase metade dos medicamentos ofertados pela Unicat, conforme reportagem da TRIBUNA DO NORTE publicada no final de semana, demonstra falta de planejamento por parte dos entes responsáveis pela dispensação. Esta é a avaliação de fontes como o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems), Conselho Estadual de Saúde (CES) e Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), ouvidas pela TN. Conforme a reportagem do final de semana, 95 dos 211 medicamentos fornecidos, estavam indisponíveis para os pacientes.

Com isso, quem depende da Unicat e não consegue acesso aos fármacos, precisa recorrer a compras com recursos próprios. Em outros casos, os pacientes ficam sem a medicação, por indisponibilidade dos remédios nas farmácias. Atualmente, cerca de 70 mil potiguares encontram-se com cadastro ativo para recebimento de medicamentos na unidade. Na tarde desta segunda-feira (11), havia 114 medicamentos disponíveis. Kléber Lomonte, assessor técnico do Cosems, chama a atenção para os impactos da falta de remédios, que, além de afetar a população, provoca reflexos também nas contas dos municípios.

“O paciente paga a conta porque deixa de tomar o medicamento de forma correta. Ele é o maior prejudicado. Mas a conta também recai sobre as prefeituras, que ficam, muitas vezes, sobrecarregada com impactos financeiros, uma vez que os beneficiados costumam judicializar a questão, onerando os municípios ainda mais, quando estes são obrigados a fornecer assistência nesse sentido”, discorre Lomonte. “A falta [dos remédios] se dá por falha estadual e federal, entes responsáveis por essa dispensação. Portanto, falta planejamento”, acrescenta.

Canindé Santos, presidente do Conselho Estadual de Saúde, concorda que falta integração para evitar o desabastecimento. “É algo recorrente, onde nós temos um número presumível da população que faz uso desses medicamentos. E a gente sabe que há um aumento desse número a cada ano, até porque não há uma assistência dos serviços públicos, o que afeta o adoecimento crônico da população”, pontua.

Ele alerta para os efeitos da falta de acesso aos medicamentos. “Isso gera o adoecimento das pessoas e pode provocar óbitos, inclusive. Então, há um descompasso e uma soma de problemas, onde a falta de planejamento é um deles. Claro, a gente não pode deixar de reconhecer as dificuldades financeiras pelas quais passam o Estado e o País, mas há todo um trabalho que precisa ser perene e contínuo para não deixar chegar a esta situação”, aponta

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Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Magnus Nascimento

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