A fala do ex-policial militar Evandro Guedes, que minimizou a pena por violar sexualmente corpos de mulheres mortas, será investigada em um inquérito civil do MPPR (Ministério Público do Paraná).
A declaração do ex-PM será inserida em um inquérito civil em tramitação no órgão que já apura declarações de professores da AlfaCon, escola preparatória para concursos públicos da qual Guedes é diretor-presidente. Segundo o MP, as falas dos professores da instuição, ocorridas em aulas, manifestam a "violação de direitos, preconceito, reiterado discurso de ódio e incitação à prática de crimes". O MPPR afirmou que tomou conhecimento do vídeo na terça-feira (5), um dia após a repercussão nas redes sociais, e explicou que o registro aborda "suposta violação sexual de mulher morta, como exemplo em aula". O vídeo seria antigo, segundo o órgão. A 12ª Promotoria de Justiça de Cascavel, responsável pelo inquérito civil, informou ter designado uma reunião com os sócios da Alfacon em janeiro de 2024 para assinar um termo de ajustamento de conduta. O termo incluiria um treinamento periódico e obrigatórios aos professores da empresa. O órgão também citou uma multa por dano moral coletivo com "a destinação de valor para custear e fomentar a realização de campanhas educativas de combate à discriminação e intolerância e/ou projetos sociais com o mesmo foco".
A aplicação de multa por dano moral coletivo deve ocorrer, segundo o MPPR, em "virtude dos episódios de discriminação e intolerância praticados no âmbito da pessoa jurídica e pessoas naturais investigadas".
O UOL tenta novo contato com Guedes e com a escola para pedido de posicionamento. Caso haja resposta, o texto será atualizado. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: UOL
Foto: Reprodução
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