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segunda-feira, 17 de julho de 2023

COACH NÃO É BAGAÇA: PROFISSIONAIS SE QUEIXAM DE "BANALIZAÇÃO" DA ATIVIDADE

Um influencer leva 30 seguidores para uma montanha em dia chuvoso e quase mata todo mundo de hipotermia. Outro viraliza por associar cerveja a uma ameaça à virilidade masculina. Outros vêm de fora para fazer do Brasil um estudo de caso para um curso de turismo sexual.

Os personagens das histórias acima têm uma coisa em comum, além de serem todos homens. Eles se apresentam ao público como "coaches". Ficaram, assim, conhecidos como "coaches" messiânico, do Campari ou do namoro —para desespero dos profissionais da área.

Toda vez que figuras do tipo ganham holofotes, a International Coaching Federation Brasil (ICF Brasil), uma associação global responsável pela certificação de profissionais da área, vem a público recomendar cuidado: há muita gente sem qualificação usando o nome "coach" em vão.

A má fama, segundo a ICF Brasil, prejudica toda uma classe de profissionais. E a "incorreta familiaridade com o processo" banaliza e manda para longe a seriedade do seu trabalho.

A entidade é presidida por Camila Bonavito, uma administradora de empresas de 47 anos com MBA em liderança e gestão de pessoas que iniciou a transição para o trabalho de coaching após ela mesma se orientar com um profissional da área.

Ela sucedeu Marcus Baptista, 65, atual presidente do conselho deliberativo da ICF, que também deixou a carreira executiva, até então voltada a vendas e marketing, para abraçar a missão.

Ambos se reuniram com a reportagem para divulgar números de uma pesquisa recém-divulgada sobre o universo dos coaches brasileiros.

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Fonte: Matheus Pichonelli/UOL

Foto: Arte/UOL

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