LANÇA-PERFUME, POR NAPOLEÃO VERAS

Instantaneamente a música de carnaval passava a chegar como se vinda de outra dimensão, de lonjuras inimagináveis da mente, uma magia feita de eco, vibração repetitiva de ondas sonoras que oscilassem desde um mundo distante 

 — e, após o êxtase, a volta a si em um passe de mágica, também.

Assim, ou coisa parecida, a sensação de um porre de lança-perfume. 

A Rodouro (na foto), foi o sonho de consumo de todo folião ou, talvez bem mais — o motivo, o prazer, a alegria, a orgia do carnaval.

Não por acaso, e com chance de acerto, muitos dividem o carnaval num ‘antes’ e  ‘depois’ da lança-perfume.