Embora não confirme, ministro das Comunicações também não nega: “Só discutiremos a vice no momento certo. Por ora, sou pré-candidato ao Senado”
Durante solenidade de sua filiação ao Partido Liberal (PL) nesta terça-feira 30, o presidente Jair Bolsonaro assumiu as indicações partidárias para as pré-candidaturas às eleições de 2022. Em seu time de ministros, Bolsonaro definiu que, na corrida ao Senado Federal pelo Rio Grande do Norte, seu candidato será Rogério Marinho (PL), atual ministro do Desenvolvimento Regional. Com isso, o mandatário abre espaço para que o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que se filiou ao PP nesta segunda-feira 29, seja o indicado da sigla para ser seu vice-presidente na corrida eleitoral do próximo ano.
A possibilidade foi levantada pelo filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ao afirmar que o perfil do vice-presidente da República depende de uma composição entre as siglas PP e PL, deixando implícito que um dos nomes mais cotados é o de Fábio Faria, por ser alinhado a Bolsonaro e por ter a extrema confiança do presidente, além de ter capilaridade para levar adiante o projeto de reeleição de mandatário. Na avaliação de Flávio, o PP é um partido que está ao lado do seu pai desde o início da sua gestão e, no ano que vem, não será diferente.
Em entrevista exclusiva ao jornal Agora RN, nesta terça-feira 30, o ministro das Comunicações tentou minimizar a situação, mas não negou a possibilidade de concorrer à cadeira de vice-presidente em 2022. “Só discutiremos a vice no momento certo, na hora certa. Por ora, sou pré-candidato ao Senado Federal”, ponderou.
Embora defenda a sua pré-candidatura ao Senado, Fábio Faria foi enfático ao dizer que, “é natural que o PP possa indicar o vice que irá compor a chapa com Bolsonaro, mas isso só vai ser no momento oportuno. Eu hoje estou focado em trabalhar pelo Brasil, trabalhar pelo Rio Grande do Norte”. E completou, se dirigindo a Bolsonaro, “conte comigo para qualquer missão. Estaremos juntos ano que vem, para defendermos o melhor governo que houve na história do Brasil”.
Segundo Fábio, a sua ida para o PP ocorreu de forma natural, “já que sou muito amigo de Ciro Nogueira, meu melhor amigo em Brasília desde quando entrei como deputado federal, em 2007. Já existia o convite há muito tempo. E, agora, o PSD tem uma outra candidatura que é a de Rodrigo Pacheco, e eu sou ministro de Bolsonaro, já tinha conversado com o presidente. Ele liberou a minha saída e o caminho natural é eu ir para um partido onde eu tenha mais relação e que seja da base do governo”, explicou.
Rogério Marinho se filia ao PL
Já o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, assinou a ficha de filiação ao Partido Liberal (PL), nesta terça-feira 30. Mas, mesmo antes de se filiar à sigla, já havia lançado a sua pré-candidatura ao Senado pelo Rio Grande do Norte, em um encontro político em Caraúbas, no Médio Oeste Potiguar, quando ganhou força para ser candidato com o apoio do presidente.
Rogério tem uma boa relação política com o presidente estadual da sigla, o deputado federal João Maia, e vem se articulando com outros grupos de oposição ao governo Fátima Bezerra (PT), para formar um palanque forte em 2022.
Questionado sobre o clima entre os dois ministros potiguares, Fábio Faria afirmou que está tudo muito bom. “Rogério Marinho está fazendo o trabalho dele como ministro e eu, o meu. Ele tem o direito de pleitear qualquer candidatura, assim como eu também tenho. Então, é um jogo dentro das quatro linhas, cada um fazendo o seu espaço. Acredito que, no momento certo, cada um saberá analisar a viabilidade. Eu tenho condições, meu nome vem crescendo nas pesquisas que tenho feito e ganhando projeção. Então, acho que temos como ter uma candidatura para derrotar o PT”, declarou.
Fonte: Agora Rn
Foto: Sérgio Lima
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