Passada a sabatina de André Mendonça, Davi Alcolumbre começa a juntar as peças do tabuleiro para identificar os nove votos de senadores que traíram sua confiança e ajudaram a aprovar o candidato “terrivelmente evangélico” no plenário do Senado.
Até minutos antes de abrir o placar, o senador do Amapá estava convicto de que teria 41 dos 79 votos e, assim, iria impor uma derrota ao ex-advogado geral da União.
Mas, o Mendonça conseguiu 47 dos 79 votos. Alcolumbre obteve 32 para derrotá-lo. Na votação secreta, nove senadores traíram (ao menos é a palavra usada por ele) a sua confiança.
Quem conhece Davi Alcolumbre aposta que ele trabalhará arduamente para identificar os "traidores".
Há, inclusive, um temor de que Alcolumbre use a pauta da Comissão de Constituição e Justiça para retaliar colegas senadores, segurando projetos importantes no colegiado.
A aprovação de André Mendonça para a cadeira do Supremo é a terceira grande derrota do senador do Amapá no último ano.
A primeira foi em dezembro passado quando o Supremo vetou a possibilidade dele de tentar se reeleger para a presidência do Senado.
Em seguida, o senador não conseguir eleger o irmão prefeito de Macapá. Josiel Alcolumbre (DEM-AP) foi derrotado pelo por 55% de votos pelo médico Dr. Furlan (Cidadania-AP).
Agora, ocorreu a aprovação de André Mendonça após Alcolumbre segurar a sabatina por mais de quatro meses e se indispor com Jair Bolsonaro e líderes evangélicos.
Para 2022, o amapaense – que recebeu reiteradas ameaças do pastor Silas Malafaia de que não terá o voto do evangélico na próxima eleição – terá de se reconstruir para se reeleger ao Senado.
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.