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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

sábado, 31 de julho de 2021

TSE MONTOU OPERAÇÃO DE GUERRA PARA REBATER BOLSONARO

Equipe de comunicação do TSE definiu as estratégias para desmentir eventuais notícias falsas a partir do momento em que foi feito o anúncio da live

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contou com uma equipe de 16 profissionais dedicados exclusivamente às tarefas de checar e distribuir informações nas redes sociais durante a live realizada pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de quinta-feira, 29. O evento prometia ser o desfecho do tumultuado histórico de promessas de que ele teria provas de supostas fraudes eleitorais. Ele alega que a manipulação teria ocorrido tanto no pleito que o elegeu em 2018, como na disputa que reconduziu Dilma Rousseff (PT) ao cargo de presidente, em 2014. Bolsonaro, porém, ofereceu ao público uma combinação de fake news, vídeos datados e fora de contexto e análises enviesadas sobre números oficiais da apuração dos votos.

Durante a transmissão ao vivo, a equipe do TSE fez treze publicações no Twitter e enviou ao menos sete boletins com checagens de informação à imprensa. Dentre os profissionais que integraram a força-tarefa, estão os 11 funcionários da Secretaria de Comunicação do Tribunal, o secretário de Tecnologia da Informação, Júlio Valente, e quatro integrantes do Comitê de Desinformação chefiado pela secretária-geral da Presidência da Corte, Aline Osório. "Foi um trabalho inovador para uma instituição pública", disse Giselly Siqueira, secretária de Comunicação e Multimídia.

Sabendo do desafio, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, orientou a participação de secretários da Corte na operação extraordinária de checagem. Funcionários do alto escalão, Júlio Valente e Alino Osório integram um núcleo do Tribunal criado recentemente pelo magistrado, cuja função é acompanhar qualquer manifestação que diga respeito à segurança do processo eleitoral. Juntos, eles têm a função de dar continuidade e aprimorar a campanha permanente contra a circulação de notícias falsas sobre as eleições e a urna eletrônica. Antes mesmo da live de Bolsonaro, o Tribunal já dedicava recursos ao combate da desinformação.

Enquanto o TSE contou com uma mega-operação, a estrutura adotada pelo Palácio do Planalto para retratar a possibilidade de manipulação dos resultados eleitorais consistiu em dois telões, onde foram reproduzidos vídeos com supostas evidências de fraude, e uma animação para explicar o funcionamento do voto impresso - pauta amplamente defendida por Bolsonaro. Além disso, o coronel da reserva Eduardo Gomes, assessor da Casa Civil, acompanhou o presidente durante a transmissão ao vivo na função de porta-voz do suposto programador que teria municiado o governo federal com as já desmentidas evidências de interferência nas eleições.

Fonte: Terra

Foto: Estadão

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