Há um grupo de partidos com medo de perder poder, caso candidatos sem filiação partidária possam disputar as eleições do ano que vem
Todos têm seus medos, inclusive o Centrão. Na reforma eleitoral em gestação no Congresso e com fim ainda imprevisível, a ‘kriptonita’ desse grupo político é a possibilidade de candidatura avulsa.
A explicação é simples: candidaturas avulsas podem tirar dos partidos o poder sobre os parlamentares eleitos, principalmente deputados.
Há ainda a questão do fundo público de campanha, que passaria a ser distribuído não necessariamente para candidatos com partidos.
Também haveria mudanças na relação do Executivo com o Congresso, uma vez que o Planalto, para garantir a tal governabilidade, teria de manter uma relação com partidos e com parlamentares sem vínculo partidário.
É por essas e outras que o Centrão prefere um modelo do Distritão cheio de ajustes, como mostrou a Crusoé em sua edição mais recente. Esse modelo descrito na reportagem especial da revista, segundo fontes ouvidas por O Antagonista, já contaria com o forte apoio apoio dentro de partidos como PP, PL, PSB, PSD, PCdoB, Republicanos e MDB.
A relatora da reforma eleitoral, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), negocia para que o Distritão, modelo que privilegia somente os candidatos mais conhecidos, valha somente nas eleições de 2022.
No pleito municipal de 2024, a ideia seria fazer valer o Distrital Misto, no qual parte dos eleitos é escolhido de maneira direta, enquanto o restante é definido a partir de uma lista apresentada ao eleitor.
O que falta definir nessa eventual transição de modelo é se a lista de candidatos que será apresentada aos eleitores será aberta ou fechada.
Na lista aberta, modelo usado no Brasil, os votos contam para o candidato e definem o número de cadeiras do partido no Legislativo.
Já na fechada os votos são totalmente do partido, que apresenta uma lista de candidatos ao eleitor. As cadeiras conquistadas pela sigla serão dadas aos primeiros nomes dessa relação até que sejam ocupadas todas as vagas obtidas.
Fonte: O Antagonista
Foto: TSE
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