Familiares das vítimas foram cadastradas pela Prefeitura do Natal, mas relatam que ainda não receberam o auxílio para aluguel social. Tragédia aconteceu na madrugada de 7 de fevereiro, quando um vazamento de gás causou a explosão em Mãe Luiza. Quatro mulheres, duas delas da mesma família, foram encontradas mortas sob os escombros
Mais de 20 dias após a explosão que matou quatro mulheres em Mãe Luíza, na Zona Leste de Natal, as famílias das vítimas que ficaram sem moradia após o incidente ainda não receberam o aluguel social prometido pela Prefeitura da cidade.
Elisa Tâmara perdeu a mãe e a irmã na tragédia. Agora, a única fonte de renda da família é o trabalho dela, já que o ponto comercial que pertencia à sua mãe desabou no dia da explosão, ocorrida no dia 7 de fevereiro.
Elisa é quem está resolvendo as questões da família depois da explosão. Ela conta que após o enterro das vítimas, recebeu doações de colchões e alimentação, e uma equipe do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) foi até o bairro para cadastrar as famílias para participarem do aluguel social. Porém nada foi feito até o momento. Cerca de cinco famílias que moravam no entorno precisaram se realocar devido à tragédia.
Para Elisa, esse recurso é importante porque, no momento, parte da família dela está morando em um lugar oferecido por um vizinho. Porém,o dono do imóvel precisa da renda do aluguel. “A casa que meu padrasto e meus irmãos estão no momento, em frente à minha, foi cedida para eles colocarem as doações, porque na minha casa não tinha espaço. Então o rapaz ofereceu para eles colocarem as coisas lá. Colocamos duas camas, um guarda-roupa, dei uma ajeitadinha para eles dormirem lá. Com o tempo, nós vamos precisar pagar o aluguel”, relatou ao Agora RN.
A principal queixa da família é a falta de comunicação da Prefeitura para dar um posicionamento sobre a questão do aluguel social. Elisa, na verdade, não tem certeza se tem direito a receber esse benefício, já que essa questão não foi explicada com nitidez. “Na hora que acontece todo mundo quer fazer tudo, quer ajudar, mas quando vai passando os dias as pessoas esquecem”, lamentou.
Além do aluguel social, a limpeza dos entulhos no local da explosão ainda não foi terminada, e também não há previsão de quando será feita.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) para saber se as famílias realmente serão assistidas com o aluguel social. A pasta afirmou que as famílias estão sendo acompanhadas pelo Cras Mãe Luiza e que a relação das famílias foi encaminhada para inclusão em aluguel social.
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Fonte: Dandarah Filgueira/Agora RN
Foto: José Aldenir/Agora RN
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