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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

SEM CLIENTES E FILMES NA PANDEMIA, CINEMAS ALUGAM TELÕES PARA GAMERS

Na Coreia e nos EUA, redes tentam oferecer seus espaços a novos públicos, mas rentabilidade está longe de alcançar a que vinha dos cinéfilos

Eui Jeong Lee e seus três amigos são os únicos ocupantes dos 200 assentos da sala de cinema. Na tela, em vez de filmes, passa um game. 

Enquanto Lee destrói seus adversários de jogo com seu controle de videogame, o som da batalha sai forte dos poderosos alto-falantes da sala. 

"A qualidade do som é particularmente incrível", elogia Lee, uma estudante de 25 anos. "O som dos tiros é tão vívido, e quando algo voou na tela diretamente contra mim, eu até dei um grito." 

O grupo de amigos havia alugado a sala de cinema por um período de duas horas na CGV, a maior rede de cinemas da Coreia do Sul. 

Assim como no Brasil e em outras partes do mundo, os cinemas coreanos estão sob as restrições impostas pela pandemia. Muitos estão de portas fechadas, enquanto outros restringem-se a 50% da ocupação total. Além disso, há menos filmes sendo lançados para a tela grande. Assim, a CGV teve a ideia de alugar suas salas a gamers, de modo a criar uma nova fonte de renda.

Até as 18h, grupos de no máximo quatro pessoas podem alugar um telão por duas horas, ao custo de US$ 90 (R$ 483 na cotação atual). Se o aluguel da sala for noturno, o custo sobe para US$ 135 (R$ 725). 

Os jogadores trazem de casa os consoles, controles e jogos. 

Pode soar caro, mas o novo público gamer não compensa a receita perdida com os cinéfilos. 

Vamos aos números: as salas alugadas têm entre 100 e 200 assentos, vendidos por US$ 12 cada (R$ 65). Uma sala de 100 lugares com a metade da ocupação para um filme traria receita de US$ 600 (R$ 3.222); essa quantia subiria para US$ 1.200 (R$ 6.444) em uma sala de 200 lugares com 50% de seus lugares preenchidos. Tudo isso sem contar o que os cinéfilos gastariam com bebidas e pipoca. 

Mesmo assim, é pelo menos alguma receita entrando em caixa. A ideia veio de Seung Woo Han, funcionário da CGV, que percebeu que filmes e videogames têm suas semelhanças. 

"Enquanto pensava em como dar uso às salas de cinema vazias, percebi que os games atuais têm um projeto gráfico excelente e histórias bem estruturadas, como filmes", ele diz. "Ambos contam uma história, então se alguém pode desfrutar de um filme no cinema, achei que poderia também gostar de jogar games no cinema."

LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Je Seung Lee/Época Globo

Foto: CGV

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