Triste Mãe Luíza.
Por que o bairro de Natal que tem um dos nomes mais bonitos, é sempre o mais sofrido?Em dias de chuva forte, sempre o mais castigado.
O registro de desabrigados e abandonados pelo poder público vem de anos seguidos.
Todo jornalista que atuou em redações em Natal pelo menos nas últimas 4 décadas, um dia recebeu como pauta, a cobertura de uma tragédia em Mãe Luíza.
Sempre anunciada.
Até a explosão de um botijão de gás em uma casa de Mãe Luíza ganha proporções gigantes.
Tudo porque no bairro com décadas de abandono, morar é um estado de humilhação.
Em Mãe Luíza, é comum – mas não deveria ser normal – se morar na beira de abismos ou em imóveis que valem por 4, como o ponto de mais uma tragédia que terminou em 4 mortes na madrugada deste domingo.
O botijão que explodiu em uma moradia, jogou pelos ares não uma, mas 5 moradias. Quatro compartilhadas e uma vizinha.
Foram quatro vidas.
No bairro com nome de Mãe, quatro mulheres foram as vítimas da vez. Mãe e filha foram juntas. Vítimas das tragédias anunciadas há décadas.
A última tragédia com saldo negativo de vida, aconteceu em 2014.
E pelas fotos da visita de um tal ministro de Integração Nacional, com presença de presidente da Câmara dos Deputados, da governadora do estado e do prefeito da capital, a conclusão de todos era a mesma: Mãe Luíza nunca mais seria a mesma.
Fonte: Thaisa Galvão
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.