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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

FRAGMENTAÇÃO PARTIDÁRIA AUMENTA NOS MUNICÍPIOS

Não foi desta vez que o quadro partidário brasileiro ficou menos fragmentado. Pelo contrário: o resultado da eleição municipal de 2020 mantém a tendência de dispersão do poder por um número cada vez maior de legendas. Neste ano, os cinco maiores partidos elegeram 57% dos prefeitos. Parece muito, mas é o índice mais baixo das últimas cinco eleições municipais. Em 2004, os cinco maiores conquistaram 67% das prefeituras. De lá para cá, essa taxa só caiu: 65% em 2008, 60% em 2012, 59% em 2016, e o resultado de agora.

Em cada eleição municipal, a fragmentação do poder dos partidos é um prenúncio do que acontece dois anos depois, quando são eleitos os deputados – muitos deles graças ao apoio de um ou mais prefeitos. Se a Câmara dos Deputados fica muito fragmentada, é mais difícil para o presidente formar coalizões que lhe garantam maioria, e em geral ele (ou ela) é obrigado a fazer concessões em nome da governabilidade.

Desde 2014 o Brasil já tinha o Legislativo mais fragmentado do mundo, segundo o critério dos chamados partidos efetivos (os que têm tamanho suficiente para exercer influência na aprovação de leis).

Na eleição atípica de 2018, quando o então nanico PSL conquistou a segunda maior bancada, o quadro se agravou ainda mais.

Nas democracias consolidadas, não existe essa profusão de partidos, e eles costumam se organizar segundo linhas ideológicas mais ou menos claras. No Brasil, são poucas as legendas com características programáticas.

Fonte: ISTOÉ

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