Maioria concorda com o STF para 41%, Corte errou na decisão mais ricos são os mais céticos
Pesquisa do PoderData mostra que 54% dos brasileiros concordam com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de autorizar a vacinação obrigatória contra a covid-19 no país.
Por outro lado, 41% discordam da Corte. Acham que a imunização não deve ser compulsória e que cada cidadão tem a liberdade de escolha sobre tomar ou não a vacina. Para 3%, só as pessoas que integram os grupos de maior risco devem ser vacinadas obrigatoriamente.
O plenário do Supremo decidiu em 17 de dezembro permitir que o Estado imponha a vacinação obrigatória contra a covid-19. Foram 10 votos a favor e 1 contra. O ministro Nunes Marques foi o único a divergir. Segundo ele, a obrigatoriedade deve ser adotada apenas em último caso.
Os ministros, no entanto, concluíram que a vacinação não pode ser feita com uso da força ou de constrangimento aos cidadãos. Devem ser aplicadas medidas restritivas a quem se recusar a receber a vacina. Decidiram ainda que pais ou responsáveis de crianças e adolescentes são obrigados a levá-los para tomar o imunizante.
Há duas semanas, o PoderData havia feito questionamento similar aos entrevistados. Como o STF ainda não tinha deliberado sobre o assunto, a pergunta foi relacionada apenas à opinião dos brasileiros, sem conexão com o julgamento do Judiciários.
A pergunta foi: “Você acha que a vacina contra a covid-19 deve ser aplicada de maneira obrigatória em todos os brasileiros?”. O levantamento variou um pouco em relação à pesquisa desta rodada. À época, 59% eram a favor da compulsoriedade e 33%, contrários.
Nesta rodada, o PoderData também perguntou aos entrevistados se eles tomariam a vacina contra covid-19. A rejeição a um imunizante contra o coronavírus cresceu 9 pontos percentuais em cerca de 1 mês. Foi de 19% em novembro para 28% agora, em dezembro.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 21 a 23.dez.2020, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 470 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
ESTRATIFICAÇÃO
O PoderData separou o recorte da pesquisa por sexo, idade, região, escolaridade e renda. O resultado varia pouco de uma região para outra. Observam-se os maiores percentuais em acordo com a obrigatoriedade nos seguintes grupos:
Mulheres: 58%;
Jovens de 16 a 24 anos: 63%;
Pessoas com ensino superior: 67%;
Trabalhadoras que ganham de 5 a 10 salários mínimos: 79%.
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Fonte: Ighor Nobrega/Poder360
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