SANTA CRUZ/PB: O "NÓ" NAS URNAS E A POSSIBILIDADE DO OSTRACISMO

A disputa em Santa Cruz, no sertão paraibano, mostrou nas urnas o que já se cantava em vento e prosa. O criador, ex-prefeito Raimundo Antunes, perdeu o embate para seu sobrinho e ex-apadrinhado, Paulo Cezar.

Mas não é somente a diferença de mais de 10 pontos percentuais que refiro-me. E sim, ao cenário que uma nova vitória de Paulo César, gerou.

Vamos aos fatos:

É inegável que a entrada reeleito prefeito de Santa Cruz, deu-se pelas mãos do tio, então prefeito daquele município. Contudo, as divergências começaram logo cedo. A principal, que culminou com a ruptura de criador e criatura, veio na eleição de 2018. Ambos apoiando o mesmo deputado estadual, divergindo-se para federal.

E o início da ascensão "paulocesiana", (para ficar mais chique), comprovou-se ao abrir das urnas. O candidato apoiado por Raimundo Antunes, Wilson Santiago, obteve 1.276 votos (30,71%). Já Wellington Roberto, com o apoio de Paulo César, alcançou 2.140 sufrágios (51,50%). Uma diferença astronômica. Foram 20,79 pontos percentuais que distanciaram Wilson de Wellington. Era a primeira queda de quem alguns achavam ser a "baraúna santacruzense".

E veio 2020. Os 2.729 munícipes, que disseram sim, ao projeto político implantado pelo professor Paulo César, concederam-lhe o "bi-campeonato eleitoral". Paulo, sendo agora o principal adversário do ex-prefeito, derrotou com letras garrafais, a volta a imponência de alguns aliados e ditos colaboradores da gestões 2009/2016, que precisavam e talvez ainda precisem, passar por uma ampla reciclagem, na forma de como tratar seus iguais.

E que venha 2022, para quem sabe, o ostracismo político do ex-prefeito, ser consumado. por duas derrotas deste quilate, derruba qualquer baraúna e/ou pé de coentro.

Que 2021 seja a amplitude da gestão Paulo César. Com obras e ações que tragam benefícios plenos ao povo de Santa Cruz.