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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

ASTRAZENECA RECONHECE ERRO EM TESTE DA VACINA, MAS DIZ SER "IRRELEVANTE"

A farmacêutica AstraZeneca reconheceu a ocorrência de um problema durante os testes clínicos da vacina contra a Covid-19 que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford, mas ressaltou ser algo sem importância para o desenvolvimento das pesquisas. 

O vice-presidente da companhia, Menelas Pangalos, afirmou nessa quarta-feira (25), em uma entrevista ao jornal The New York Times, que houve um erro de dosagem na substância, mas que este é um fator irrelevante para a conclusão dos estudos. 

"Não vou fingir que não é um resultado interessante, porque é, mas definitivamente não o entendo e acho que nenhum de nós entende", disse ele. "Foi surpreendente para nós."

Aplicação de meia dose da vacina

Na segunda-feira (23), a AstraZeneca anunciou que sua potencial vacina apresentou eficácia média de 70% na proteção contra o vírus, considerando testes de voluntários nas fases 2 e 3 dos estudos no Reino Unido e no Brasil.

No entanto, a farmacêutica destacou que as taxas variam dependendo da quantidade de doses que certos grupos receberam. A eficácia observada foi de 62% entre os que foram vacinados com duas doses completas, e de 90% no grupo que recebeu uma dose inteira um mês depois de ter recebido meia dose.

Em um primeiro anúncio a respeito, a AstraZeneca disse que menos de 2,8 mil participantes receberam a dose pela metade, e cerca de 8,9 mil voluntários que receberam duas doses completas.

Os pesquisadores britânicos que lideraram os testes deveriam ter dado uma dose completa aos participantes, mas um erro de cálculo da dosagem fez com que alguns recebessem apenas metade. 

Descoberta do erro

Em entrevista à agência de notícias Reuters na segunda-feira, horas após o anúncio, Pangalos afirmou que a companhia não tinha a intenção de aplicar meia dose. O plano previa que os voluntários receberiam duas doses completas, mas os pesquisadores ficaram perplexos quando identificaram que os efeitos colaterais, como cansaço, dor de cabeça e nos braços, eram mais moderados do que se esperava.

“Então, voltamos e checamos, e descobrimos que eles haviam previsto a dose da vacina pela metade”, afirmou Pangalos. Mesmo assim, segundo ele, a farmacêutica optou por seguir com o grupo em questão e administrar a segunda dose (desta vez, completa) na hora programada.

Com os resultados considerados positivos, ele descreveu o evento como um “acaso”. “A razão pela qual tivemos a meia dose é acaso”, contou à Reuters.

Pesquisadores disseram que a dose mais baixa pode ter sido mais eficaz porque reflete com mais precisão a resposta imune natural aos vírus, mas que eles teriam de investigar mais para saber com certeza. A AstraZeneca ainda planeja testar o regime de meia dose em um grande estudo em andamento nos EUA que deve envolver mais de 30 mil voluntários, disse Pangalos.

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Fonte: Jéssica Otoboni/CNN


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