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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

ATAQUE DE HELENO EXPÕE IGNORÂNCIA SOBRE O MOVIMENTO INDÍGENA

Há 16 anos, em pleno governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o movimento indígena que existia desde os anos 80 percebeu que deveria criar uma nova instância, uma coordenação nacional que aglutinasse as principais organizações indígenas regionais e funcionasse como mais um instrumento de pressão em Brasília sobre o governo federal, o Legislativo e o Judiciário em busca de seus direitos. 
Na pauta de reivindicações se destacava a demarcação da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima, que vinha sendo, na visão dos indígenas, postergada desde a posse de Lula, em janeiro de 2003. Em 2004, cerca de 250 indígenas acamparam em frente ao Ministério da Justiça para cobrar a assinatura do ato da demarcação, que só ocorreria um ano depois, em 2005, e que depois seria judicializado por quatro anos no STF.
Ouvido em 2004, o indigenista Egon Heck, do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), disse que o acampamento foi "a forma que os povos indígenas encontraram para dizer que o governo Lula não está cumprindo o que prometeu" e serviu também para "mostrar a verdade diante das mentiras" inventadas por políticos anti-indígenas, principalmente da "bancada ruralista que está mais forte no atual governo".
Em 2005, durante a manifestação no gramado da Esplanada dos Ministérios, já com o nome de ATL (Acampamento Terra Livre), que passaria a ocorrer anualmente em Brasília no mês de abril, os indígenas anunciaram a criação da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil). Trata-se de uma coalizão, uma expressão política sem personalidade jurídica, que reúne as maiores organizações indígenas do país, como a Coiab, da Amazônia, a Apoinme, do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, e o Conselho Terena e a Aty Guasu, do Mato Grosso do Sul, entre outras. 
 A partir de então, a APIB protagonizou vários momentos de cobranças e pressões sobre os governos Lula (2003-2010), Dilma (2011-2016) e Michel Temer (2016-2018), por meio de protestos, entrevistas, manifestações, notas e denúncias inclusive internacionais, na OEA (Organização dos Estados Americanos) e na ONU (Organização das Nações Unidas), contra o governo brasileiro.
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Rubens Valente/UOL
Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópole


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