Ministro cursou mestrado em Administração na Fundação Getúlio Vargas. Na sexta (26), reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, disse que Carlos Alberto Decotelli não concluiu o doutorado na instituição.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou neste sábado (27) que vai "apurar os fatos referentes à denúncia de plágio na dissertação do ministro Carlos Alberto Decotelli". A suspeita é que o novo ministro da Educação tenha cometido plágio no trabalho apresentado em 2008 para a conclusão de um mestrado em Administração na instituição.
Em nota, a FGV afirma que o orientador da dissertação foi procurado e que, caso seja confirmado um "procedimento inadequado", serão tomadas medidas administrativas e judiciais contra o novo ministro.
"A FGV está localizando o professor orientador da dissertação para que ele possa prestar informações acerca do assunto. Caso seja confirmado o procedimento inadequado, a FGV tomará as medidas administrativas e judiciais cabíveis", afirma a instituição em nota.
Procurado pela TV Globo, o ministro Carlos Alberto Decotelli disse que, se cometeu omissões, estas se deveram a falhas técnicas ou metodológicas, e que, por respeito ao direito intelectual dos autores e pesquisadores citados, vai revisar seu trabalho. Caso sejam identificadas omissões, vai procurar viabilizar com a FGV uma solução para corrigi-las, disse o ministro.
O Ministério da Educação disse em nota que "o ministro refuta as alegações de dolo, informa que o trabalho foi aprovado pela instituição de ensino e que procurou creditar todos os pesquisadores e autores que serviram de referência e cujo conhecimento contribuiu sobremaneira para enriquecer seu trabalho". (veja a íntegra ao final da reportagem)
Em seu currículo público na plataforma Lattes, Decotelli apresenta o título de "Mestrado profissional em Administração" obtido na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2008, com a dissertação "Banrisul: do Proes ao IPO Com Governança Corporativa".
No entanto, na dissertação há trechos idênticos aos de um relatório feito em 2007 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O novo ministro não citou a CVM nas referências bibliográficas do trabalho.
Fonte: G1 e TV Globo
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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