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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

sexta-feira, 27 de março de 2020

CIENTISTAS DO MUNDO TODO BUSCAM A VACINA E TRATAMENTOS PARA A COVID 19

Trata-se de um movimento inédito e bilionário.

“Testes, testes, testes.” Assim, com a repetição de três pequenas palavras, como um refrão, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, resumiu a postura mais adequada para combater a pandemia de Covid-19 — de mãos dadas com o distanciamento social, impositivo e inegociável. Os testes são vitais para quebrar as cadeias de transmissão, ao separar saudáveis de enfermos, e para organizar o fluxo nos hospitais. Não por acaso, em gesto louvável, a mineradora Vale fechou a compra de 5 milhões de kits chineses, que apontam positivo ou negativo a partir da detecção de anticorpos, para doá-los ao governo brasileiro.
Uma startup de Curitiba, a Hi Technologies, desenvolveu um equipamento que oferece respostas em até quinze minutos — que em breve começará a chegar às farmácias e aos serviços de saúde. Testar, testar e testar é, enfim, o primeiro passo do mais extraordinário movimento científico e médico de toda uma geração, na luta contra uma doença respiratória que, até a quinta-feira 26, tinha acometido mais de 520 000 pessoas no mundo inteiro, com mais de 20 000 mortes, das quais 77 no Brasil.
A corrida global, para além do compulsório diagnóstico dos doentes, tem duas frentes: a busca por uma vacina e, enquanto ela não surge, o aperfeiçoamento de tratamentos já existentes e a criação de outros remédios. É uma engrenagem emocionante e bilionária (apenas na primeira semana de março, os fundos globais para pesquisa e desenvolvimento de crises arrecadaram 3,5 bilhões de euros, o equivalente a 19 bilhões de reais). A OMS formou um grupo de trabalho global, adequadamente batizado de “Solidariedade”, e não haveria outro nome a lhe dar, de modo a estimular pesquisas cada vez mais aceleradas que abranjam milhares de pacientes, de mais de uma centena de países. Disse a VEJA o pneumologista Clayton Cowl, diretor de medicina preventiva da Mayo Clinic em Rochester, um dos mais respeitados hospitais dos Estados Unidos, referência incontornável: “O mundo está unido no combate à pandemia de Covid-19. Resolveremos o mistério e impediremos que algo semelhante aconteça nos próximos anos”. É uma promessa, por ora, mas quase uma certeza quando se acompanha a máquina rodando.
Não seria exagero afirmar que a velocidade dos saltos científicos na batalha contra o microrganismo feito de RNA é inédita na história da humanidade. Três exemplos emblemáticos ajudam a alimentar essa constatação: a plataforma medRxiv, que concentra os estudos científicos antes de sua publicação em reputadas revistas, já soma mais de 300 artigos sobre o novo coronavírus; a Chinese Clinical Trial Registry, agregador de trabalhos clínicos conduzidos na China, reúne 504 pesquisas protocoladas; a ClinicalTrials, o maior banco de dados de ensaios clínicos do planeta, tem 178 registros. E lembremos: passaram-se apenas quatro meses desde o início da eclosão dos casos da nova infecção, na China, em dezembro do ano passado, país que começa a renascer e a respirar. “É uma situação totalmente excepcional em termos de pressão, rapidez e investimento”, diz o infectologista Celso Granato, diretor médico do Grupo Fleury, no Brasil.
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Fonte: Giulia Vidale/Veja
Foto: Egberto Nogueira/Ímã Foto Galeria/

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