Em carta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a invalidação de seus processos não anula a Operação Lava Jato. Amanhã, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) pode analisar um recurso da defesa do petista em que acusa o ex-juiz federal Sergio Moro de suspeição. O julgamento, que poderia libertar o ex-presidente, deve ser adiado, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Na carta, o ex-presidente também indicou que não quer o adiamento da análise do recurso.
"Alguns dizem que, ao anular meu processo, estarão anulando todas as decisões da Lava Jato, o que é uma grande mentira, pois, na Justiça, cada caso é um caso", escreveu Lula na mensagem enviada hoje ao ex-chanceler Celso Amorim.
No texto, Lula pontua que o recurso foi apresentado em novembro do ano passado, quando Moro deixou a magistratura para aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Justiça. Moro condenou Lula no processo do tríplex, que levou o petista à prisão em abril do ano passado.
Para Lula, o fato de o ex-juiz ter aceitado o convite e de ter divulgado um depoimento do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas da eleição do ano passado mostram que o que "Moro queria era prejudicar nosso candidato e ajudar o dele".
"Se alguém ainda tinha dúvida sobre de que lado o juiz sempre esteve e qual era o motivo de me perseguir, a dúvida acabou quando ele aceitou ser ministro da Justiça do Bolsonaro. E toda a verdade ficou clara: fui acusado, julgado e condenado sem provas para não disputar as eleições. Essa era única forma do candidato dele vencer", argumentou.
Lula foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa quando a segunda instância confirmou, em janeiro de 2018, a condenação no processo do tríplex, o que tirou o petista da disputa eleitoral. Ele foi substituído, no limite do prazo, pelo ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT).
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Fonte: Nathan Lopes/UOL
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