Ministro de Ciência e Tecnologia é suspeito de receber R$ 30 milhões da JBS, e de obter outros R$ 28 milhões para o PSD. Ele nega irregularidades.
A Polícia Federal apreendeu R$ 300 mil em dinheiro no apartamento do ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD) na manhã desta quarta-feira (19). Imóveis do político e do irmão dele, Renato Kassab, são alvos de mandados de busca expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As ações decorrem do inquérito que Kassab responde no STF por suspeita de pagamentos irregulares de R$ 58 milhões a ele e ao PSD, partido que ele fundou.
Desse total, segundo a Procuradoria-Geral da República, R$ 30 milhões foram repassados por meio de uma mesada de R$ 350 mil paga entre 2010 e 2016, em troca de uma "eventual influência política futura em demandas de interesse da JBS". Os outros R$ 28 milhões foram repassados ao PSD, para que o partido apoiasse o PT nas eleições presidenciais de 2014.
Ao G1, Kassab disse que "não há nada que macule" sua imagem. "Ao longo de todos esses anos de vida pública não há nada que me comprometa no campo da imoralidade. Estou tranquilo porque sempre respeitei os princípios da ética. Estou à disposição do Ministério Público e do Poder Judiciário", disse por telefone.
Ex-prefeito de São Paulo, Kassab foi ministro da presidente Dilma Rousseff (PT) e continuou no governo federal após a chegada ao poder do presidente Michel Temer (MDB). A partir de janeiro de 2019, será secretário da Casa Civil de João Doria (PSDB).
Fonte: Júlia Duailibi/G1
Foto: TV Globo/Reprodução
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