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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

MÃE ENTRA EM COMA NO PARTO E ACORDA 23 DIAS DEPOIS AO SENTIR BEBÊ NO PEITO.

Ao dar à luz em Fortaleza (CE), Amanda Cristina Alves da Silva, de 28 anos, entrou em coma, sem emitir respostas a nenhum tipo de estímulo sensorial ou auditivo. Tudo mudou 23 dias depois, quando a equipe do hospital decidiu colocar mãe e filho em contato físico. Ao sentir o toque da pele do bebê no peito, ela chorou. Em seguida, ela passou a reagir e, em menos de um mês, recebeu alta e pôde ir para casa com o filho, Victor Hugo.
Amanda sofre de epilepsia crônica desde os 7 anos de idade. Diagnosticada ainda na infância, toma dois remédios controlados para manter a doença estável. Mas, quando descobriu a terceira gravidez não planejada, foi orientada pelo médico a interromper o uso de uma das medicações por causa do risco de má formação fetal. Amanda conta que passou a usar só um remédio e, por isso, teve muitas crises convulsivas durante a gravidez. “As mais fracas duravam cerca de cinco segundos e as mais fortes chegavam a durar uma hora”, conta ela, que diz sentir uma forte tontura e o corpo enrijecer antes de acontecer cada crise.
No dia do parto, Amanda diz se lembrar que teve uma discussão com o marido — o que a deixou muito ansiosa e agitada. Ela acredita que esse tenha sido o fator que desencadeou uma crise epilética tão forte, que ela não foi capaz de acordar e retomar os sentidos como sempre acontecia.
Amanda não se lembra de mais nada desse e dos próximos 23 dias que estavam por vir. Ela foi socorrida desacordada em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), mas, diante da gravidade do seu caso, foi encaminhada à Maternidade-Escola Assis Chateubriand, hospital universitário vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC) e especializado em casos de alto risco.
Ao dar entrada na unidade, a equipe médica primeiro estabilizou a convulsão. Como a jovem já estava com 36 para 37 semanas de gravidez, os médicos decidiram fazer uma cesárea de emergência para evitar mais riscos para o bebê. Amanda recebeu anestesia geral e deu à luz Victor Hugo, que nasceu pesando 2,1 kg e foi imediatamente transferido para a UTI neonatal. A mãe nem viu o bebê.
“A paciente estava totalmente desorientada e não poderia receber outro tipo de anestesia por causa do risco de mais crises convulsivas. Por causa do excesso de medicações que ela recebeu e tomou na gravidez, o bebê nasceu imunodeprimido e com as condições respiratórias ruins, por isso foi pra UTI”, explicou o médico obstetra Carlos Augusto Alencar Junior, gerente de atenção à saúde do hospital.
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Fonte: Fernanda Bassette/Veja
Foto: Divulgação

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