Há dois meses, a empresária Fátima Vilani recebeu uma ligação de seu banco sobre uma suposta compra realizada com cartão de crédito na cidade de Campinas (SP). Não reconheceu o pagamento e foi orientada pelo atendente a entrar em contato com a instituição financeira. Fátima ligou para o número localizado na parte de trás do cartão, ouviu a música de espera do banco, falou com um funcionário e aceitou a oferta de entregar o cartão ao motoboy para uma averiguação.
No dia seguinte, Fátima descobriu que a compra nunca aconteceu. Que não havia telefonado para banco. Que o motoboy não levou o cartão para a investigação. E que o prejuízo disso tudo superava R$ 80 mil.
Ela caiu no 'golpe do motoboy', crime de engenharia social, como são chamados os casos de manipulação psicológica das vítimas por estelionatários. É o golpe da moda, segundo a Polícia Civil, o Ministério Público e os bancos - mas apenas um entre as diversas modalidades de fraudes que envolvem cartões de crédito.
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