Recém-nomeado ministro do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello já foi autuado 24 vezes em fiscalizações do ministério que agora chefia. As autuações foram por infrações trabalhistas, entre 2005 e 2013, em sua fazenda, em Conceição do Rio Verde, no Sul de Minas Gerais.
Uma delas, de 2009, refere-se a dois trabalhadores rurais que estavam sem registro em carteira de trabalho, e, portanto, sem o pagamento de benefícios trabalhistas como FGTS, INSS e férias remuneradas. As fiscalizações geraram multas de R$ 46 mil. À época, o novo ministro do Trabalho era desembargador e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região, em Belo Horizonte.
Os auditores fizeram sete fiscalizações entre 2005 e 2013 na Fazenda Campestre, onde o novo ministro mantinha uma plantação de café. Além dos dois funcionários que estavam há três anos trabalhando sem registro em carteira, a fiscalização encontrou falhas de segurança e de higiene na fazenda.
De acordo com os autos de infração obtidos pela Repórter Brasil, era permitido o livre acesso dos trabalhadores ao depósito com agrotóxicos, que ficava perto do refeitório dos funcionários. “É grande a chance de contaminação, pois nem todo trabalhador é treinado para manusear o agrotóxico”, afirma o assessor jurídico da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados Rurais (Contar), Carlos Eduardo Chaves Silva, sobre esse tipo de problema.
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Fonte: Último Segundo - iG
Foto: Agência Brasil
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