MELHORES DO ANO" IN MEMORIAM: SOLÓN DANTAS DE FRANÇA.

No dia 04 de julho do ano de 1935, nascia no comunidade rural de Várzea da Serra, Solón Dantas de França. Filho de Belarmino de França e Emerentina Dantas de Sousa. 

Iniciou sua trajetória religiosa quando batizado, 26 dias após vir ao mundo. padre Valeriano Pereira foi o celebrante do primeiro contato mais próximo de Solón Dantas com a igreja. Onze anos após, recebeu a eucaristia, pelas mãos do Frei Bruno. E no mesmo ano, foi crismado pelo bispo diocesano de Cajazeiras, à época, o gaúcho Dom Henrique Gelain.

Sua vida educacional teve princípio na localidade rural onde nasceu. Sendo seu primeiro professor, Victor de França. Passou por vários mestres das letras, que com muita garra e determinação, lecionavam. E o menino Solón Dantas, assimilava com desenvoltura tais ensinamentos.

Já adolescente, entrando na fase adulta, isso no final de 1954, frequentando uma missa em sua terra natal, foi convidado pelo celebrante cearense, Dom Zacarias Rolim de Moura, para ir estudar no seminário em Cajazeiras, Paraíba. Sendo acatado de imediato pelo jovem Solón.

Em fevereiro de 1955, adentrava no seminário. Permanecendo naquele local até 1961, quando sentiu-se mais energeticamente, sua vocação para a vida religiosa.

A primeira admissão de Solón Duarte ao clero, deu-se em 1965, pelo Dom Zacarias Rolim e o Monsenhor Oriel Antônio, vigário de Pombal, na época.

Em seguida, transferido para o Seminário Provincial de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, onde permaneceu até 1966.

No ano seguinte, mais precisamente em 10 de janeiro, recebeu duas ordens menores. na catedral de Nossa Senhora da Piedade em Cajazeiras - PB, e após, mais duas ordens últimas menores 

Foi quando ficou na sede da Diocese para concluir os Tratados de Graça e Sacramentos em Moral e Teologia, ministrados por D. Zacarias, Mons. Vivente Freitas, Pe. Gervásio Queiroga e Pe. Walter Strapaguelti.

No dia 08 de dezembro de 1967, Pe. Solon, recebia o subdiaconato, na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios em Catolé do Rocha. Em 12 de janeiro de 1968 na paróquia de Nossa Senhora da Piedade, celebrava-se o seu Diaconato.

Foi ordenado sacerdote, em 10 de julho de 1968, pela imposição das mãos do Senhor Bispo Diocesano Dom Zacarias Rolim, na Matriz de São José de Paulista. 

Padre Solón Duarte, celebrou sua primeira missa às 17h, do dia 15 de Julho, na Igreja de Nossa Senhora da Piedade. Exatamente 1 ano depois, assumiu como pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Pombal e também como administrador da Paróquia de São José, do município de Lagoa/PB. Teve passagens pelas paróquias de São José, em Paulista e São Sebastião, em São Bento e pela Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Coremas.

Pe. Solon foi Professor de Português, Educação Moral e Cívica no seminário de Cajazeiras. Em Pombal, foi professor nas escolas estaduais Arruda Câmara e João da Mata, do Colégio Josué Bezerra, foi diretor do Orfanato Nossa Senhora de Fátima, da Escola Paroquial São Vicente de Paula, Diretor Fundador da Creche Pequeno Príncipe e Diretor do Hospital e Maternidade Sinhá Carneiro.

Levou, também, até Pombal as Faculdades de Ciências Contábeis e Agronomia. No entanto, ele dirigiu por poucos meses estas Faculdades, pois, em decorrência de problemas de saúde, foi afastado de suas atividades, tanto paroquiais quanto administrativas.

Na sua terra natal, Padre Solon, deu início a construção da Maternidade Yayá Queiroga e construiu o Hospital e Maternidade“Emerentina Dantas”, propiciando assim, que filhos de paulistenses nascessem em sua terra de origem. Construiu a Escola Paroquial “Cândido de Assis Queiroga”.

A Creche “Robson de Araújo Veras”, o Centro da Pastoral “Nova Betânia” (hoje, Centro de Recuperação para dependentes químicos), a praça São José, ao lado da Igreja Matriz, al´me de diversas benfeitorias de menores importâncias, porém, não menos úteis ao povo de Paulista.

Foi um dos principais responsáveis por trazer a agência do Banco do Brasil para o município. A primeira banda marcial; construiu a Casa de Estudante, que recebeu o nome de seu pai, o poeta Belarmino de França. 

Telefonia, energia elétrica, festejos do Rosário e outras atividades religiosas e culturais que até hoje são comemoradas pelos paulistenses.

Dentre tantas áreas que trouxeram benefícios para Paulista, foi atendendo um pedido seu, que foi instalado a Comarca de Paulista, com a construção do Fórum Leandro Gomes de Barros. 

Foi o maior líder de sua terra, sem exercer nenhum cargo eletivo. Mesmo assim, são vários os adjetivos enaltecedores da figura de Padre Solón. O menino que saiu da Várzea da Serra, para brilhar no cenário do sertão paraibano.

Em 2006, atendendo ao último chamado de Deus, Solón Dantas de França deixa o plano terreno.

Com informações de Vamberta Farias