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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

segunda-feira, 2 de abril de 2018

EM GRAVAÇÃO, PRESIDENTE AFASTADO DO TCE DO RIO ADMITE PROPINA.

Uma gravação entregue pelo empresário e delator Marcos Andrade Barbosa Silva, do setor de ônibus do Rio de Janeiro, mostra o presidente afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Aloysio Neves, admitindo o esquema de pagamento de propina no órgão. Feita em 13 de dezembro de 2016, a gravação foi entregue por Marcos para firmar um acordo de delação premiada. O jornal "O Globo" obteve acesso ao áudio. O dia da gravação é o mesmo da deflagração de uma das fases da Lava-Jato no Rio que conduziu coercitivamente o ex-presidente do TCE-RJ Jonas Lopes para prestar depoimento. Na conversa, o empresário demonstra preocupação com os esquemas ilícitos do tribunal. Por isso, Aloysio Neves explica o que sabia sobre atos ilícitos envolvendo o recebimento de propina pelos conselheiros. Ele afirma, porém, que diversas cobranças de propina eram "voo solo" de Jonas Lopes. Aloysio Neves foi afastado da presidência do TCE-RJ por ordem do Superior Tribunal de Justiça em março do ano passado, quando foi deflagrada a "Operação Quinto do Ouro". O conselheiro foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) na semana passada pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mesada Num trecho da conversa gravada, o empresário questiona Aloysio Neves sobre o recebimento de uma mesada de R$ 100 mil paga pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). O conselheiro confirma o relato e diz que recebia os pagamentos primeiro do ex-secretário Hudson Braga e, posteriormente, segundo os investigadores, de Luiz Carlos Bezerra, operador do político. Carlos Miranda, ex-secretário do governo Cabral e outro delator, confirmou em sua delação premiada o pagamento de mesada de R$ 100 mil a Aloysio Neves. Segundo ele, o pagamento era feito desde janeiro de 2007, quando ele era chefe de gabinete da presidência da Assembleia Legislativa do Rio. Na denúncia apresentada na semana passada contra Aloysio Neves, a PGR aponta que ele recebeu o valor de R$ 100 mil ao menos 87 vezes entre janeiro de 2007 e março de 2014, quando já era conselheiro do TCE-RJ. Ele se tornou conselheiro do TCE em abril de 2010, tornando-se vice-presidente do órgão em 2015 e 2016 e presidente em 2017, até ser afastado do tribunal.
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Fonte: Valor Econômico, com Agência O Globo

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