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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

MULHER DE GEGÊ ACREDITA QUE MARIDO FOI MORTO POR "PESSOAS PRÓXIMAS".

Em depoimento à polícia, a mulher de Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, disse que o marido pode ter sido morto por “pessoas próximas”. Gegê era o principal líder, fora da prisão, do Primeiro Comando da Capital (PCC). Morto no sábado, Gegê, segundo as investigações, teria sido alvo de integrantes do próprio grupo, depois de mandar matar outro criminoso do PCC sem consultar a principal liderança da facção, Marcos Willians Camacho, o Marcola.
— Alguém próximo pode ter feito isso, pois nem mesmo eu sabia da localização do meu marido — disse Andrea Soares Maciel, mulher de Gegê.
Ele e o parceiro Fabiano Alves de Souza, o Paca, foram encontrados mortos na última sexta-feira em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Estavam em uma reserva indígena com sinais de execução: tiros na cabeça e facadas nos olhos. A polícia ainda investiga a motivação dos assassinatos.
— Possivelmente, a morte tenha sido a mando do próprio PCC. Talvez tenha ligação com a morte, algum tempo atrás, do Birosca, por determinação do Gegê, mas sem consultar os líderes que estavam no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) — disse o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, um dis depois do crime.
Birosca é o apelido de Edilson Borges Nogueira, apontado como o “financiador” da facção. Ele foi assassinado dentro do presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau em dezembro.
Outra hipótese, ainda não descartada, é que eles tenham sido mortos por integrantes de facções rivais. Porém, essa teoria é menos provável, já que não há evidências de que outras facções soubessem do paradeiro de Gegê e Paca.
No depoimento, obtido com exclusividade pelo GLOBO, Andrea afirma que conhece Marcola e que o marido não tinha problema com ele. Diz que, em nenhum momento antes do crime, percebeu mudança no comportamento de Gegê que sugerisse algum risco. Segundo ela, os dois estavam juntos até horas antes do assassinato.
Segundo o documento, Andrea viajou de São Paulo a Fortaleza em setembro do ano passado. Em seguida, logo depois do fim do ano letivo, chegaram sua cunhada, Renata, a sogra e dois filhos (de dois e 13 anos). Mais tarde, juntaram-se a eles Juliana, a mulher de Paca, e os filhos do casal. Andrea acrescenta que ficaram hospedados no Alphaville Resort, no bairro de Aquiraz.
A mulher de Gegê afirmou que, por volta das 8h30 do dia 15 de fevereiro, quinta-feira passada, a família dos dois integrantes do PCC partiram de Fortaleza rumo a São Paulo num ônibus fretado. Os depoimentos de Renata, a irmã de Gegê, e Juliana, mulher de Paca, também obtidos pelo O Globo, confirmam as declarações de Andrea.
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Fonte: Agência O Globo

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