Como se sabe, não existe pergunta constrangedora. O que há é resposta constrangedora. Alçado à direção-geral da Polícia Federal com o aval da banda investigada do PMDB, o delegado Fernando Segóvia dava uma entrevista, nesta terça-feira, quando a repórter Camila Bonfim indagou-o sobre suas vinculações políticas. E Segóvia, virando as costas: ‘Infelizmente, vou ter que sair agora, porque o ministro está me aguardando. Muito obrigado.” O apadrinhado do ministro Eliseu Padilha e do ex-senador José Sarney, ambos do PMDB, Fernando Segóvia descobre da maneira mais dolorosa que, em política, todo mal começa com as explicações. Mas o doutor ainda não se deu conta de que o dano cresce na proporção direta da diminuição da vontade do imprensado de se explicar.
Fonte: Josias de Souza/UOL
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