Rubby da Silva Rodrigues, de 30 anos, foi empossada como servidora do Ministério Público do Acre (MP-AC). Procurador diz que ato faz parte de uma ‘transformação social’.
O preconceito nunca foi um fator que fez com que Rubby da Silva Rodrigues se intimidasse. Aos 30 anos, o nome que antes usava como social, passa a constar nos documentos pessoais e também no quadro de servidores do Ministério Público do Acre (MP-AC) desde o dia 26 de julho, quando foi empossada a primeira servidora transexual do órgão.
Surpreendida com o convite, Rubby prefere chamar o ato como uma revolução, transformação dentro da sociedade e, claro, uma luta contra o preconceito. “É uma forma de mostrar que a gente estará lá para acolher. Por isso que essa atitude, que foi inesperada, se torna um grande protagonismo do MP-AC, uma novidade na história. É uma revolução”, diz.
Acolhimento tem tudo a ver com o que Rubby vai desenvolver dentro do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), que atende pessoas maiores de 18 anos, vítimas de crimes sexuais, homofóbicos, violência doméstica e familiar.
Foi nesse mesmo centro que há quase um ano Rubby foi acolhida após ser agredida pelo ex-namorado. Ela chegou a levar oito pontos na cabeça e levantou a importância do uso do nome social em setores públicos após ter passado constrangimento durante atendimento na unidade de saúde.
“O nome social é uma necessidade, porque quando você traz dignidade para uma pessoa, você está abrindo uma porta, uma nova possibilidade. É por isso que sugeri que não haja somente a assinatura de decretos, defendo uma capacitação, porque vai partir da sensibilidade do servidor olhar para mim, me ver como mulher e me perguntar qual o nome que quero ser chamada”, explica.
A servidora se refere aos decretos publicados pela Prefeitura de Rio Branco e também governo do Acre, que determinaram a permissão do uso do nome social a pessoas trans e travestis no âmbito da administração estadual e municipal. A medida foi incentivada após o próprio MP-AC, no dia 12 de julho, determinar que todas as pessoas que não tenham identidade de gênero reconhecida sejam identificadas pelo nome social.
VEJA MATÉRIA NA ÍNTEGRA AQUI
Fonte: Tácita Muniz/G1
Foto: Tiago Teles/ASCOM MP-AC
Foto: Tiago Teles/ASCOM MP-AC
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.