Por Fernando Brito
A rotina de ler os jornais e visitar os blogs relevantes, toda manhã, foi especialmente triste, hoje, porque trouxe a notícia da morte do colega Paulo Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo.
A rotina de ler os jornais e visitar os blogs relevantes, toda manhã, foi especialmente triste, hoje, porque trouxe a notícia da morte do colega Paulo Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo.
Não o conheci pessoalmente, mas várias vezes nos falamos, pelo Facebook ou por telefone, e eu recebi dele fraternas e utilíssimas dicas de como aproveitar mais a publicidade do Google e de outras plataformas que certamente pagam menos que o mercado publicitário convencional, mas não nos discriminam e nem nos negam anúncios porque somos “de esquerda”, “sujos” ou, simplesmente, porque não somos do agrado do governo.
É algo incomum o que vivemos na dita “blogosfera”. Não somos “concorrentes”, somos parceiros, como quem, no combate, sente ao lado um amigo, não um adversário e com ele divide as armas numa batalha comum.
Paulo, esta manhã, lembrou-me de duas coisas.
A primeira, a de que a finitude é vizinha, como vizinhos de idade éramos: ele de 56; eu, de 58.
A segunda é que, por isso mesmo, temos mais pressa. mais ganas, mais empenho em fazer o que, de verdade, faz a vida valer a pena: levar o nosso grão, um grão que seja, para construir um país mais justo, mais fraterno, mais delicado com todos.
O DCM é o grão – e hoje um grande, imenso grão – que Paulo Nogueira trouxe para este sonho e que segue, com Kiko Nogueira, a sua família física e a nossa, virtual, dos que travamos este combate diário contra o atraso, o obscurantismo, o autoritarismo e a brutalidade individual e social na internet.
Ao Paulo, o brinde que ele levanta na foto.
Aos nossos grãos, outros brindes mais.
Inclusive aquele que, sei lá que dia, faremos com aquele chope que acabaremos por tomar juntos, com toda a certeza.
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