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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

sexta-feira, 3 de junho de 2016

GILMAR MENDES AUTORIZA CONTINUIDADE DE INQUÉRITO CONTRA AÉCIO..SENADOR DIZ ESTÁ TRANQUILO.

Para a salubridade política do Brasil, seria bom que nada se provasse contra Aécio e que ficasse evidenciado que os crimes não aconteceram.

Gilmar Mendes, ministro do STF, decidiu autorizar o prosseguimento do inquérito que apura se o senador Aécio Neves (PSDB-MG) participou de uma esquema de corrupção que teria vigorado em Furnas, uma estatal federal, sob o comando de Dimas Tolero, ex-presidente.
O pedido havia chegado a Mendes, que autorizou as diligências iniciais, no começo de maio. Apresentadas as primeiras explicações pela defesa de Aécio, o ministro então suspendeu quaisquer procedimentos e indagou à Procuradoria-Geral da República se estes se faziam ainda necessários.
Rodrigo Janot não apenas reafirmou a necessidade como decidiu dar uma cutucada em Mendes, sugerindo que o ministro estaria usurpando competência do Ministério Público Federal. Mendes respondeu que não estava direcionando coisa nenhuma e indagou por que se adotavam só agora procedimentos que poderiam ter sido postos em prática há dez anos — período em que os delitos teriam sido cometidos. Apesar do estresse, autorizou a continuidade da apuração.
O pedido de abertura de inquérito é motivado pelas delações premiadas do senador Delcídio do Amaral e do doleiro Alberto Youssef. O primeiro disse que Dimas operava em nome da Aécio na Estatal; o outro, que o tucano recebia recursos por intermédio da empresa de factoring Bauruense, que pertencia à irmã do senador.
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Entre os elementos encaminhados pela defesa de Aécio está a evidência de que a empresa da irmã foi fechada em 1999, não em 2010, como está na denúncia. Logo, não existia mais quando as irregularidades teriam acontecido.
Aécio já estava preparado para a continuidade do inquérito. Sabia que não havia meios de este não ser instaurado. É daquelas coisas que são decididas pelo ritmo da política. Se há dois delatores premiados que ocupam papel de destaque nas acusações contra o PT — boa parte confirmadas — e se esses mesmos dois envolvem o seu nome, haja ou não elementos concretos, ele será investigado.
Numa nota, afirmou Aécio:
“Acabo de ser informado de que foi autorizada a abertura de uma investigação para apurar as citações feitas a meu nome pelo ex-senador Delcídio do Amaral. É claro que ninguém gosta de ser injustamente acusado, como é o caso, mas eu tenho serenidade para compreender que este é o papel do Ministério Público: investigar as citações e acusações que ali chegam. E o da Justiça é dar prosseguimento a essas investigações”.
Para a salubridade política do Brasil, seria bom que nada se provasse contra Aécio e que ficasse evidenciado que os crimes não aconteceram. Por quê? Por razões óbvias: uma presidente está afastada em razão das ilegalidades que cometeu, e é evidente que nomes da oposição passam a ser identificados com a esperança de dias melhores.
Se também eles entram na berlinda, o que entra em declínio é justamente a esperança.

Fonte: Reinaldo Azevedo/Veja

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