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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

OS MALES DA CORRUPÇÃO ELEITORAL PARA A SOCIEDADE.

Não seria exagero afirmar que grande parte da corrupção que se vê atualmente no setor privado e público, em especial a promiscuidade existente entre as empresas e o Poder Público na realização de contratos administrativos precedidos de licitação fraudulenta tem relação direta com o modo pelo qual os políticos desse país chegam ao poder e logo após agem para continuar nele.
Veja nossa análise nesse artigo: Doação de campanha: investimento com retorno garantido.
Nesse contexto, duas perguntas devem ser feitas: o que o povo tem a ver com isso? Qual a consequência para a sociedade dessa famigerada relação?
A primeira resposta talvez seja mais simples, pois, infelizmente, tá mais do que claro que o povo faz parte desse jogo de poder como fantoche, em que os financiadores bancam os políticos corruptos que querem chegar de qualquer jeito ao poder, usando o povo, que se corrompe por muito pouco, se entregando facilmente como se fosse uma mercadoria, deixando-o impossibilitado de participar do exercício do poder.
Eis o grande problema!!
Como o seu voto foi corrompido, o exercício do mandato pelo político corruptor fica livre, ou seja, não tendo qualquer compromisso com quem o elegeu, faz o que quer, não sofrendo qualquer fiscalização, daí a continuidade da corrupção é algo quase que automático.
Não corromper em um sistema que começa com a corrupção é algo praticamente impossível, por isso o descrédito atual da classe política, que se encontra totalmente envolvida em todos os escândalos de corrupção que estamos vendo e não podia ser diferente, já que como a sua campanha foi muito cara, o exercício do mandato é o objetivo maior de quem quer com o poder público retirar todo o dinheiro empregado e ainda lucrar.
As campanhas nesse país claramente tem mais do que uma contabilidade, em que a oficial é um verdadeiro faz de contas e o pior os demais caixas, como se diz, também o são, pois o custo é tão desarazoado que os próprios envolvidos se perdem, sendo uma nova modalidade utilizar a Justiça Eleitoral e as campanhas para lavar o dinheiro sujo de propina (O faz de conta do caixa um e dois das campanhas eleitorais).
Quem diria que as pessoas usariam justamente a Justiça para formalizar dinheiro sujo!
O que estamos vendo agora nessa Operação Lava Jato e diversas outras é justamente isso, os políticos e os partidos utilizando o Poder Público como parceiro de negócios espúrios, em que o povo é partícipe e prejudicado ao mesmo tempo.
É isso mesmo o povo participa aceitando receber qualquer tipo de vantagem para votar em dado candidato e depois não tem moral para cobrar nada de nenhum político, o que faz com que na prática o povo receba diretamente as consequências desse ato e da omissão de fiscalização.
A falta de tudo em termos de políticas públicas que assegurem os direitos mínimos do povo decorre diretamente dessa participação odiosa do povo nesse processo. Imagine o contrário, que as pessoas não aceitassem ser corrompidas e ao mesmo tempo cobrassem dos políticos as promessas feitas.
Tudo seria diferente, pois os próprios políticos que chegassem ao poder seriam qualificados pelas suas propostas, recebendo do povo um voto de confiança na qual dependeria diretamente de ações concretas que realmente servissem a coletividade, desbancando na origem o atual sistema de corrupção.
Desta forma, não se tem nenhuma dúvida que a origem e a sequência natural da corrupção tem ligação direta com a forma de ingresso de nossos políticos na vida pública e para mudar essa realidade, somente conscientizando o povo de que a sua participação é vital para esse sistema e que a sua saída se impõe em seu próprio benefício, não pessoal e sim coletivo.

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Um comentário:

  1. Palavras fortes, verdadeiras e deveriam ser refletidas e usadas, de fato, pelo nossos políticos para o planejamento de ações estratégicas voltadas ao bem comum e, pelo povo, para deixarem de escravos de um sistema político criado e mantido por todos em nome uma causa ou razão invisível, até mesmo por aqueles, que muitas vezes, em discurso, clamam por mudanças, mas na prática, nada ou pouco fazem para que elas aconteçam. O representante político de um povo é o DNA, em expansão, da maioria de um povo representado.

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