Patu, no Alto Oeste potiguar, vive uma situação no mínimo incoerente. Enquanto sua população sofre com os efeitos da estiagem prolongada e tem o abastecimento hídrico comprometido, a prefeitura do município não para de regar os canteiros da cidade, desperdiçando uma quantidade de água que poderia servir a muita gente.
A denúncia que começou em redes sociais foi formalizada essa semana pelo vereador Thacio Queiroga (PHS) junto ao Ministério Público. Para o parlamentar, que garante não ser contra árvores e plantas, a prioridade nesse momento tem que ser o atendimento à população. “A água é retirada de poços tubulares, com a grande crise que enfrentamos existem vários bairros que há meses não recebem água e é por isso essa água deveria está sendo usada para abastecer a casa dos moradores”.
Em sua reclamação ao MP, Thacio - que chegou a gravar um vídeo mostrando o carro-pipa aguando o canteiro da Avenida Lauro Maia, que corta toda a cidade - explica que o serviço é realizado diariamente, gastando aproximadamente 60 mil litros de água com roseiras e palmeiras e utilizando um veículo que deveria estar sendo usado para ajudar o pequeno produtor rural. “A princípio a máquina está em desvio de função já que a mesma foi destinada aos municípios pelo governo federal, através do PAC 2, para atender as comunidades rurais”, diz o vereador.
O Ministério Público no município ainda não se pronunciou a respeito.
Das 153 cidades potiguares que têm os sistemas operados pela Caern, 17 estão em colapso total e outras 80 estão recebendo água através de rodízio, isto é, em dias e horários alternados. Em Patu, o rodízio é feito com abastecimento alternado de 48 horas, mas a água não consegue chegar à cidade toda. Quem tem dinheiro, consegue comprar uma pipa de 12 mil litros por 130 reais. Quem não tem condições financeiras, fica à espera da água distribuída pelos governos ou que Deus dê bom tempo e chova, em resposta à incontáveis orações.
Fonte: Júnior Alves via e-mail
Fonte: Júnior Alves via e-mail
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.