Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) disse na tarde desta segunda-feira ter “absoluta certeza” de que, mesmo com todo o desgaste a que é submetido o governo, a presidente Dilma Rousseff e ele vão governar “até o fim” do mandato:
— Não acho, não (que Dilma corra perigo de não terminar o mandato). Acho que essas coisas são naturais na democracia, esses embates são rotineiros. Eu tenho absoluta certeza que a chapa vai até o fim (do mandato).
De passagem pelo Rio, onde gravou entrevista para um programa do Canal Brasil, Temer evitou comentar a declaração do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que disse, no dia 17 de agosto, que Dilma deveria fazer uma mea-culpa ou renunciar. Para Temer, foi apenas uma “declaração política”. O vice-presidente voltou a afirmar que a petista conseguirá governar “com tranquilidade”, ainda que enfrente embaraços naturais em qualquer governo:
— A presidente tem condições de continuar a governar com tranquilidade. É claro que haverá sempre embaraços no governo, isso é natural. Mas isso não deve nos assustar e não assusta a presidente. É uma declaração política, não faço comentários a respeito disso — afirmou.
Perguntado pelo GLOBO se concordava com a avaliação do Planalto de que o envio do Orçamento de 2016 ao Congresso, com déficit estimado em R$ 30,5 bilhões, teria um “efeito pedagógico” sobre os parlamentares, que poderão colaborar para conter as pautas-bomba, o peemedebista afirmou que a transparência do Orçamento será útil no Congresso, e causará o efeito esperado pelo governo.
— Acho que isso vai fazer com que todos colaborem exatamente para superar o déficit, é isso que vai acontecer. Acho que houve uma transparência que será útil causando esse efeito (de segurar as pautas-bomba) — respondeu Temer, que apenas deu um sorriso ao ser questionado se será possível “segurar” o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Fonte: Letícia Fernandes e Thiago Herdy/http://oglobo.globo.com/
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