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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

quinta-feira, 16 de julho de 2015

CUNHA DIZ QUE JULGAMENTO DAS CONTAS DE DILMA SERÁ POLÍTICO.

Eduardo Cunha, presidente da Câmara, disse nesta quinta-feira (16) que caberá ao Congresso dar a palavra final sobre as contas de Dilma Rousseff em relação ao exercício fiscal de 2014. Segundo o deputado do PMDB, a discussão em torno de uma possível rejeição das contas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) é "supervalorizada". Isso porque, segundo ele, "pode haver um parecer pela rejeição [por parte do TCU] e o Congresso aprovar. E vice-versa." O julgamento, ao final, será de ordem "política", endossou o parlamentar. "O que tem que ser valorizada é a posição que o Congresso vai tomar para votar o parecer da decisão", disse, segundo informações do portal Veja.
Cunha conversou com jornalistas na manhã desta quinta-feira, para fazer um balanço do primeiro semestre de trabalho do Legislativo. Na ocasião, ele afastou novamente as teses de impeachment infundado da presidente da República. Segundo Cunha, o afastamento pelo Congresso não pode funcionar como uma "tábua de salvação pela impopularidade ou pela ingovernabilidade". "Essas coisas têm de ser resolvidas na politica, não pelo impedimento constitucional, que é um passo grave. Senão pode acontecer no Brasil o que aconteceu com o Paraguai. E o Brasil não é o Paraguai. Não pode ser assim: você elege e retira depois porque não está bem ou não está gostando", apontou, de acordo com a Agência Brasil.
Apesar do tom cauteloso em relação ao impeachment, Cunha fez duras críticas à gestão Dilma, afirmando que ela ainda não começou a trabalhar e que ainda não explicou à população qual a finalidade de promover um ajuste fiscal. Ele ainda disse que se não fosse pela articulação de Michel Temer (PMDB), o Planalto não teria conseguido aprovar o chamado pacote Levy. Depois, defendeu que Temer deixe a coordenação política do governo tão logo o ajuste fiscal seja concluído no Congresso.
Além disso, Cunha defendeu que o PMDB só segue como aliado, em tese, porque tem um compromisso com o eleitor. Mas adiantou que a maioria do partido não vê a hora de romper a aliança com o PT. “O PMDB não está no governo. Estão os ministros, mas se pegar a estrutura abaixo é toda do PT. O PMDB não manda nos ministérios. A gente fica com o ônus e não com o bônus. A aliança não teve apoio de 40% do partido. E esses mesmos 40% continuam contrários ao governo. O PMDB só serviu para votar e nunca para preparar uma elaboração política,” avaliou.
O presidente da Câmara ainda disse que o segundo semestre no Congresso será ainda mais difícil para a presidente. "Aqueles que acham que terão alívio com os deputados de folga, na verdade eles vão ficar duas semanas com o povo no ouvido. O aprofundamento do desemprego vai gerar muita pressão nos deputados no período do recesso. Eles tendem a voltar ainda mais duros. Quando rodo num fim de semana, volto horrorizado. O povo vem falar comigo da situação como está. E o povo vai falar com todos eles. Há uma dificuldade de governabilidade, que pode se agravar muito. É importante que eles saibam disso".

Fonte: http://jornalggn.com.br/

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