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RN POLITICA EM DIA 2012 ENTREVISTA:

domingo, 5 de julho de 2015

À ESPERA DA REDE, MARINA SILVA EVITA FALAR EM CANDIDATURA.

Aliados, como o deputado Miro Teixeira, pressionam ex-senadora.

Depois de ter protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as assinaturas para sua criação, mas ainda à espera do registro, a Rede Sustentabilidade faz um encontro nacional, neste final de semana, em Brasília, dividida entre o pragmatismo eleitoral e sua estruturação teórica. O principal nó do novo partido da ex-senadora Marina Silva (PSB)está na postura dela mesma, que não admite, por enquanto, ser candidata novamente à Presidência em 2018.
— O foco dessa reunião tem que ser o day after (dia seguinte) da entrega das assinaturas. Temos que discutir as eleições municipais, e Marina tem que ser candidata (em 2018). Ela é que nem o Lula, é maior do que o partido. Ela não admite discutir esse assunto, mas não pode me proibir de falar. Ela não quer parecer que está perseguindo isso, quer mostrar dedicação exclusiva à formação da Rede — disse o deputado Miro Teixeira (PROS-RJ), que se diz “fixado” na Rede e pretende deixar o PROS assim que sair o registro do novo partido.
Próximo de Marina, João Paulo Capobianco, integrante do “elo nacional” da Rede, o correspondente a um diretório nacional, discorda de Miro:
— A posição da Marina é muito clara, ela quer fortalecer o processo. A Rede não está sendo construída para que ela seja candidata. Ela é a principal liderança da Rede, mas não pode e não quer ser a única.
A expectativa dos marineiros é obter o registro da Rede no segundo semestre. O partido tem discutido formas de financiamento e há propostas como proibir o acesso ao fundo partidário, aceitando apenas doações de pessoas físicas.
Material divulgado na semana passada, pelas redes sociais, apresenta a Rede como “um partido sem donos que surge para ampliar a participação da sociedade na política”. Um desenho em quadrinhos mostra um homem dizendo que quer ser dono do partido em sua cidade, representando um político tradicional. Em uma cena ao lado, um grupo de jovens diz querer ajudar a construir a Rede de “um jeito horizontal e transparente”.
— Não tem nova política coisa nenhuma, tem a política como deveria ser — disse Miro.
Se obtiver o registro, a Rede não terá direito a tempo de TV e a fundo partidário, por causa da lei sancionada pela presidente Dilma em 2013 que inibe a criação de novos partidos. Pela regra, novas siglas só terão acesso aos recursos após a primeira eleição.


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